sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

EFEITO DOMINÓ NO GOVERNO DE DILMA


Aguinaldo Ribeiro assume Ministério das Cidades na segunda-feira

Brasília (Folha.Com) - O novo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP), afirmou que sua tarefa agora será resolver “alguns entraves” da pasta e evitou falar de mudanças em cargos do ministério.

Ele falou com os jornalistas após reunião com a presidente Dilma Rousseff, na tarde de ontem. Ribeiro vai substituir Mário Negromonte, que deixou a pasta após suspeitas de irregularidades. Sua posse está agendada para a tarde da próxima segunda-feira (6).

“Vamos ter este fim de semana para nos inteiramos de todas essas questões com maior profundidade e apresentarmos o que a presidente quer, que é exatamente resultado efetivo dessas ações do Ministério das Cidades”, afirmou Ribeiro.
Ele citou ainda a necessidade de superar “entraves” e “dinamizar” a relação com a Caixa Econômica Federal, que está na linha de frente do programa Minha Casa, Minha Vida.

O novo ministro disse não temer fogo amigo dentro do próprio partido. A falta de apoio político foi um dos motivos que levaram à queda de Negromonte. “O que nos motivou sempre com as mudanças na Câmara foi a melhoria e fortalecimento do partido. Nós sempre buscamos a unidade todo o tempo. E acredito que foi isso também que possibilitou que nós tenhamos agora esse caminho da unidade por alcançar num futuro muito próximo”, disse.

Questionado sobre o passado de seu avô, acusado em livros oficiais de mandar matar líderes camponeses na Paraíba, o novo ministro foi sucinto. “Eu nasci em 1969”, limitou-se a dizer. O avô de Ribeiro, o ex-deputado Aguinaldo Veloso Borges, é apontado como mandante do assassinato de João Pedro Teixeira, fundado da Liga Camponesa de Sapé (PB), em 1962. O avô do ministro também é associado à morte da líder Margarida Maria Alves, em 1985.

Ribeiro é aliado do antecessor de Negromonte na pasta, o ex-ministro Márcio Fortes, atualmente no comando da APO (Autoridade Pública Olímpica). Contra a sua indicação pesava o fato de respoder a um processo que apura crimes previstos na lei de licitações.

Não fala em mudanças

O novo ministro evitou falar de mudanças em cargos do ministério com a saída do ministro Mário Negromonte, envolvido em suspeitas de irregularidades. 

Questionado se a atual secretária nacional de Habitação seria um bom nome para assumir o posto número dois do ministério --como vem sendo ventilado-- o novo ministro afirmou: “As referências que nós temos da secretária Inês Magalhães são muito boas. Mas não queria falar nisso nesse instante.'

A situação de Negromonte agravou-se na semana passada após a Folha revelar a participação dele e do secretário-executivo, Roberto Muniz, em reuniões privadas com um empresário e um lobista interessados num projeto do ministério.
O episódio culminou com a demissão do chefe de gabinete do ministro, Cássio Peixoto, na quarta-feira. Muniz também deve sair.

Negromonte: 1º a cair

Mário Negromonte é o primeiro ministro a deixar o governo da presidente Dilma neste ano devido a suspeitas de irregularidades em sua gestão.

Em 2011, primeiro ano de governo da presidente, seis ministros deixaram o governo na mesma condição: Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Pedro Novais (Turismo), Orlando Silva (Esporte), Wagner Rossi (Agricultura) e Carlos Lupi (Trabalho).

Ricardo
O governador Ricardo Coutinho (PSB) parabenizou ontem o novo ministro das Cidades. O governador disse que a nomeação de um conterrâneo para um ministério é motivo de orgulho e de esperança para todo o povo da Paraíba.

Fonte:CORREIO DA PARAIBA

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