PB pode ficar isolada por alto risco de doença animal
O Superintendente do Ministério
da Agricultura na Paraíba, Bruno Roberto, recebeu nesta quinta-feira (9) o
Coordenador Nacional do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa, Dr.
Plínio Leite Lopes.
A visita teve como objetivo
acompanhar as atividades do controle da Febre Aftosa realizadas no Estado,
promovendo apoio, orientação e aprimoramento das estratégias e procedimentos
empregados pelos serviços veterinários oficiais.
O Superintendente fez uma
avaliação da situação atual do PNEFA no Estado, das ações de responsabilidade
do Governo Estadual, baseado em relatórios de auditorias e supervisões
realizadas pela SFA- PB.
De acordo com Bruno Roberto, as
principais problemáticas enfrentadas são: “a falta ou a má distribuição de
pessoal no Estado, algumas unidades como a de Sapé estão sem Médico
Veterinário, corte de gratificações que culminou em desmotivação, jornada de 6
horas de trabalho de grande parte dos médicos veterinários, contribuindo para a
diminuição da eficiência dos serviços, falta de recursos para custeio das
regionais e locais, ausência de uma legislação estadual de defesa sanitária
animal adequada e atualizada, falta de um sistema de informação adequado que
proporcione um cadastro estável e confiável dos produtores, propriedades e
animais, não há um controle eficiente de movimentação de animais, inexistência
de fiscalização em feiras e aglomerações de animais, etc.
Bruno Roberto, também expôs que
até o momento o Governo do Estado ainda não encaminhou ao Ministério o plano de
ação oficial para cumprimento das recomendações feitas pelo Departamento de
Saúde Animal na última auditoria realizada no ano passado, nem tão pouco os
dados oficiais do fechamento da campanha contra a febre aftosa de novembro de
2011.
Provocada pelo Ministério, a Secretaria de Desenvolvimento da
Agropecuária e Pesca afirmou não ter previsão de quando irá fechar os dados.
Diante da situação, o coordenador
Plínio Leite afirmou que a Paraíba não poderá avançar esse ano para zona livre
de aftosa com vacinação, juntamente com outros estados do Nordeste.
Plínio assegurou que o Estado irá
sofrer auditoria ainda este ano e se constatada a permanência do atual quadro
poderá, inclusive, retroceder para o nível de alto risco para a febre aftosa, o
que impediria trânsito animal e exportação de produtos de origem animal.
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