Caso ocorreu em Cascavel, no oeste do Paraná, nesta quinta-feira (20).
As duas vítimas eram colegas de trabalho e morreram em um acidente.
Famílias
perceberam erro após dez horas de velório
(Foto: Reprodução RPC TV)
(Foto: Reprodução RPC TV)
Duas famílias de Cascavel, no oeste doParaná, descobriram na manhã desta
quinta-feira (20) que estavam velando, há mais de dez horas, os corpos errados.
Os corpos das vítimas, colegas de trabalho mortos em um acidente, foram trocados antes do início dos velórios, que tiveram de ser interrompidos para resolver o problema.
Os corpos das vítimas, colegas de trabalho mortos em um acidente, foram trocados antes do início dos velórios, que tiveram de ser interrompidos para resolver o problema.
Os colegas morreram em um acidente entre um
caminhão e uma carreta na BR-163, no município de Lindoeste. A batida foi no
fim da manhã de quarta-feira (19), e segundo a Polícia Rodoviária Federal
(PRF), o condutor do caminhão vinha deCascavel, quando
perdeu o controle do veículo em uma curva, derrapou, rodou na pista e colidiu
frontalmente com a carreta que vinha no sentido contrário.
Ao G1,
a irmã de uma das vítimas, Vânia Padilha, disse que os familiares perceberam
que o corpo não era do irmão assim que o caixão chegou ao local do velório, às
23h de quarta. “Eu mesma coloquei o olho nele e falei que não era. Todos os
amigos dele falavam que também não era, nem semblante nele não tinha. Daí ficou
a dúvida”, contou.
Decorridas aproximadamente dez horas de velório, na
manhã desta quinta, um amigo da família decidiu ir até a Administração dos
Cemitérios e Serviços Funerários (Acesc), local onde estava sendo velada a
outra vítima. Lá, ele constatou que aquele, sim, era o corpo do amigo. “Ele
voltou aqui e falou: ‘Olha, não quero alarmar, mas esse aqui não é o Sérgio. O
Sérgio está sendo velado lá na Acesc”, lembrou Padilha.
Ele voltou aqui e falou: ‘olha, não quero alarmar,
mas esse aqui não é o Sérgio. O Sérgio está sendo velado lá na Acesc"
Vânia Padilha, irmã de uma das vítimas
Na Acesc, os familiares da outra vítima também
disseram que tinham desconfiado de que os corpos estavam trocados e fizeram
novamente o reconhecimento. “Nós não íamos ficar na dúvida, nunca. Nós íamos
apelar para o que fosse preciso para a gente não enterrar uma pessoa e ficar na
dúvida. E agora nós temos certeza quem nós estamos velando aqui”, assegurou
Padilha.
Segundo ela, o corpo estava muito desfigurado
devido à gravidade do acidente, o que pode ter atrapalhado na hora da
identificação. “Eu nem sei te dizer o que aconteceu, mas pelo que me disseram o
erro foi lá no acidente, porque falaram que o auxiliar [outra vítima] é quem
estava dirigindo, mas quem estava dirigindo era o meu irmão”, explicou a irmã.
O diretor do Instituto Médico-Legal (IML), Juari de
Carvalho, informou que houve um erro por parte da família. “Elas vieram aqui,
identificaram os corpos e foram encaminhados para os seus velórios. A própria
esposa falou que era o marido dela”, contrapôs. Os corpos foram trocados e os
velórios retomados no início da tarde desta quinta-feira (20).
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