O adolescente Trayvon Martin, morto em
fevereiro nos Estados Unidos, estava suspenso por 10 dias na escola onde
estudava por portar restos de maconha em uma bolsa plástica quando sofreu os
disparos de um vigilante voluntário na Flórida, informou o advogado da família,
que descartou relação do fato com a morte do jovem.
Benjamin
Crump disse à imprensa que o jovem não foi detido pelo incidente e que, segundo
o Departamento de Justiça Juvenil, Martin não tem antecedentes criminais.
Martin
morreu no dia 26 de fevereiro após ser baleado por um vigilante quando
caminhava desarmado na região de Sanford, na Flórida. Na cidade morava o pai do
jovem, com quem a vítima estava durante o período da suspensão.
Neste
dia, George Zimmerman, acusado de ser o homem que vigiava a comunidade de
maneira voluntária e tinha permissão de portar armas, disparou contra o jovem,
afirmando que o fez em legítima defesa enquanto perseguia o adolescente.
Segundo
amigos do acusado, Zimmerman garante que Martin o agrediu com um soco no nariz
e causou um corte na cabeça, antes que ele disparasse contra o menor.
O
vigilante, de 28 anos, não foi preso por estar amparado pela lei "Stand
Your Ground", que permite às pessoas liberdade para recorrer ao uso da
força para se defender. O fato de estar livre tem causado vários protestos nos
Estados Unidos, principalmente da comunidade afro-americana.
Para
esta segunda-feira está prevista uma grande manifestação em Sanford, cidade
onde ocorreu o crime, com a participação de importantes ativistas de direitos
civis e religiosos.
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