Um brasileiro recebeu a
pena de prisão perpétua nesta sexta-feira nos Estados Unidos após ter
sido condenado,
em fevereiro, pelo estupro de cinco prostitutas.
Um júri realizado na
Corte Superior do condado de Alameda considerou Gleiston Andrade, 41, culpado
de seis acusações de sexo oral forçado e sete acusações de estupro em uma série
de ataques a prostitutas na região de Oakland, no Estado da Califórnia.
Segundo informações do
canal CBS, Andrade foi preso na cidade de Emeryville, depois de policiais
receberem informações de que um homem estaria levando prostitutas para um
estacionamento nos fundos de uma loja para estuprá-las.
Andrade, que trabalhava
como caminhoneiro, foi preso em flagrante no estacionamento no dia 6 de outubro
de 2009.
Além dos depoimentos de
quatro vítimas, o Ministério Público apresentou como provas dos crimes exames
de DNA que apontaram a presença de material genético do brasileiro em duas
mulheres.
De acordo com o
Ministério Público, Andrade usou uma arma de chumbinho para forçar as
prostitutas a fazer sexo. Depois, para intimidar as vítimas, dizia que era
policial. A CBS afirma que ele era policial no Brasil.
Nesta sexta, o juiz
Allan Hymer leu a sentença na presença dele e de algumas das vítimas. O juiz
determinou que ele seja submetido a teste de Aids e que seja incluído no
registro de abusadores sexuais dos EUA.
De acordo com a CBS,
uma das vítimas disse para ele, chorando: "Minha vida está arruinada por
sua causa. Você tirou tudo de mim, inclusive minha fé nos seres humanos".
Andrade ainda poderá
recorrer da decisão.
OUTRO LADO
Sua advogada disse no
julgamento que havia poucas provas ligando o brasileiro aos crimes. Segundo
Colleen Murray, as amostras de DNA recolhidas foram contaminadas, o que coloca
os exames em dúvida.
Ela disse que Andrade
nunca se encontrou com as vítimas e que, na época dos crimes, a polícia de
Oakland acumulava casos de estupro não resolvidos em que o agressor dizia ser
policial --e que por isso creditaram todos ao brasileiro quando ele foi preso.
A reportagem não
conseguiu localizar parentes de Andrade no Brasil ou nos Estados Unidos para
comentar o caso. Sua advogada não respondeu a pedido de entrevista.
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