sábado, 24 de março de 2012

Brasileiro é condenado à prisão perpétua nos EUA por 5 estupros


Um brasileiro recebeu a pena de prisão perpétua nesta sexta-feira nos Estados Unidos após ter sido condenado, em fevereiro, pelo estupro de cinco prostitutas.
Um júri realizado na Corte Superior do condado de Alameda considerou Gleiston Andrade, 41, culpado de seis acusações de sexo oral forçado e sete acusações de estupro em uma série de ataques a prostitutas na região de Oakland, no Estado da Califórnia.
Segundo informações do canal CBS, Andrade foi preso na cidade de Emeryville, depois de policiais receberem informações de que um homem estaria levando prostitutas para um estacionamento nos fundos de uma loja para estuprá-las.
Andrade, que trabalhava como caminhoneiro, foi preso em flagrante no estacionamento no dia 6 de outubro de 2009.
Além dos depoimentos de quatro vítimas, o Ministério Público apresentou como provas dos crimes exames de DNA que apontaram a presença de material genético do brasileiro em duas mulheres.
De acordo com o Ministério Público, Andrade usou uma arma de chumbinho para forçar as prostitutas a fazer sexo. Depois, para intimidar as vítimas, dizia que era policial. A CBS afirma que ele era policial no Brasil.
Nesta sexta, o juiz Allan Hymer leu a sentença na presença dele e de algumas das vítimas. O juiz determinou que ele seja submetido a teste de Aids e que seja incluído no registro de abusadores sexuais dos EUA.
De acordo com a CBS, uma das vítimas disse para ele, chorando: "Minha vida está arruinada por sua causa. Você tirou tudo de mim, inclusive minha fé nos seres humanos".
Andrade ainda poderá recorrer da decisão.
OUTRO LADO
Sua advogada disse no julgamento que havia poucas provas ligando o brasileiro aos crimes. Segundo Colleen Murray, as amostras de DNA recolhidas foram contaminadas, o que coloca os exames em dúvida.
Ela disse que Andrade nunca se encontrou com as vítimas e que, na época dos crimes, a polícia de Oakland acumulava casos de estupro não resolvidos em que o agressor dizia ser policial --e que por isso creditaram todos ao brasileiro quando ele foi preso.
A reportagem não conseguiu localizar parentes de Andrade no Brasil ou nos Estados Unidos para comentar o caso. Sua advogada não respondeu a pedido de entrevista.

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