sábado, 24 de março de 2012

Emocionados, famosos e populares dão adeus a Chico Anysio no Rio de Janeiro


Alguns famosos e antigos parceiros de Chico Anysio estiveram, nesta sexta-feira, no Hospital Samaritano, em Botafogo (Zona Sul), onde o artista morreu às 14h52. Além dos mais conhecidos, muitos populares foram até o local para prestar homenagens ao humorista.
O ator Marcelo Picchi, um dos primeiros a chegar, contou que visitou Chico, regularmente, em seus últimos dias de vida.
"Estive no hospital diariamente, eramos muito próximos um do outro", disse o autor, que trabalhava com Chico em uma igreja. "Me conforta ele ter mantido o bom humor até o final".
Já Cláudia Gimenez, que atuou como  'Cacilda' na 'Escolinha do Professor Raimundo', falou sobre a morte de Chico, a quem chamava de 'Amado Mestre', ao sair do hospital.
"Ele é o maior artista que já existiu. Era um ator que fazia comédia", disse a atriz. "Tenho certeza de que, lá em cima está uma rodinha feliz. Ele me inventou e me ensinou tudo. Ele que disse pode ir que vai rolar. Tivemos seis anos de 'Escolinha' e Chico não precisava mais trabalhar. Mas ele dizia que, se não fizesse isso, o que iria fazer pela velha guarda... Ele é o maior artista de todos os tempos, simplesmente o melhor. Estou muito abalada".
Para André Mattos, o Seu Fininho da "Escolinha do Professor Raimundo", comentou a morte do papa do humor brasileiro.
"Chico Anysio é meu mestre, meu padrinho. Um homem que eu amei a vida inteira", emocionou-se. "Deixa um legado de centenas de artistas que devem a ele a oportunidade de poder exercer sua atividade. Um homem muito bom que deixou uma família maravilhosa. Que deixa um grande rombo na história da nossa vida artística, na nossa teledramaturgia, no nosso humor principalmente. Temos que levar pra vida tudo aquilo que ele nos ensinou. Temos que levar sua morte com muito humor, porque ele era um barato de pessoa".
Dentre os populares que, curiosos, observavam o movimento de jornalistas e famosos na porta do hospital, o clima era de agradecimento.
"Ele realmente divertia a gente", lembrou o porteiro Emanuel Esteves Santos, de 61 anos. "O tipo de piada que ele fazia não agredia ninguém, e retratava perfeitamente a vida do brasileiro simples, como nós".
A publicitária Mariana Teles, de 32 anos, destacou a sutileza das piadas de Chico. Para ela, o humorista é "inigualável e inimitável".
"O humor de hoje em dia agride as pessoas e minorias. Existe uma espécie de agressividade e preconceito", analisou. "Chico, pelo contrário, fazia graça sem ofender ou agredir. Já ri muito assistindo seus programas. Que descanse em paz".
Homenagens
O corpo do humorista Chico Anysio será velado neste sábado (24/3), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A cerimônia será aberta ao público em geral a partir das 14h. Duas horas antes, o acesso será restrito a parentes e amigos mais próximos.
De acordo com o advogado da família, Paulo Cesar Pimpa, Chico Anysio será cremado neste domingo, sem horário definido, no Cemitério do Caju.

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