Sete homossexuais
estão cumprindo pena no presídio do Róger, que fica na área urbana de João
Pessoa
Presídio do Roger tem
ala LGBT
Três presídios da
Paraíba já contam com espaços específicos para apenados do grupo LGBT
(Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros). A medida,
que é pioneira no Brasil, foi tomada para garantir a integridade física desses
presidiários, após relatos de que alguns deles eram submetidos a abusos
sexuais, seguidos de agressões físicas.
Segundo o Movimento do
Espírito Lilás (Mel), sete homossexuais estão cumprindo pena no presídio do
Róger, que fica na área urbana de João Pessoa, capital paraibanas e outros três
estão cumprindo penas no presídio do Serrotão, em Campina Grande.
O secretário de
Administração Penitenciária do Estado (Seap), Wallber Virgolino, informou que
há mais de um mês os presídios de segurança média do Róger e o PB1, que é de
segurança máxima e também está instalado em João Pessoa, já contam com alas
voltadas para apenados homossexuais. “A pessoa tem que escolher o seu parceiro
e não ser forçado a se relacionar sexualmente com dezenas. Com a instalação
desses espaços estamos mantendo a integridade física do apenado”, disse.
Créditos: Portal Correio
Virgolino acrescenta
que está estudando a instalação de novos espaços LGBT em cadeias públicas pelo
interior da Paraíba. Inseridos nesses locais, os detentos também são
matriculados em cursos ressocialização.
O vice-diretor da
penitenciária Romeu Gonçalves de Abrantes (PB1), Thiago Nunes, revelou que o
espaço da unidade conta com quatro leitos para abrigar os apenados, mas
garantiu que o local ainda está vazio. “Não temos nenhum apenado LGBT recluso.
O espaço conta com quatro leitos. Quando ele chegar aqui na penitenciária, pode
se identificar como homossexual e vai ficar na cela especializada. Com isso,
garantimos a sua integridade física", afirmou.
Conforme Lincoln Gomes,
diretor adjunto do Presídio do Roger, no pavilhão 24 estão sete apenados
homossexuais. “Eles escolheram o número 24 para representar a ala deles. Como
aqui é um presídio provisório, o número muda com frequência”, disse.
A direção do Serrotão
não falou sobre a utilização desses espaços nas unidades prisionais.
Para Renan Palmeira a
instalação de salas reservadas para o público LGBT é uma vitória do Movimento
do Espírito Lilás, tendo em vista que, transexuais e transgêneros, estavam numa
mesma cela com estupradores, por exemplo. “Nós do Conselho Estadual e do MEL
fizemos as vistorias nos presídios e constatamos situações degradantes.
Comunicamos o caso ao secretário Wallber Virgolino e os espaços foram criados.
Ainda precisa de melhorias, mas eles estão em espaços reservados e separados de
outros criminosos perigosos”, destacou Renan Palmeira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário