sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Mãe e filho se reencontram em CG, após 50 distante



Mãe reencontrou o filho após passar mais de 50 anos distante;  Ramiro Jordão foi embora aos 17 anos, após um desentendimento familiar.
De acordo com Ozéas Jordão, irmão de Ramiro, depois da partida, a mãe perdeu o contato com o filho
A emoção tomou conta do Aeroporto João Suassuna, em Campina Grande, na tarde de ontem, com o reencontro entre mãe e filho que passaram mais de 50 anos longe um do outro. Mãe de 16 filhos, Maria José da Silva, 95 anos, não conteve as lágrimas ao rever o filho Ramiro Jordão, 70 anos, após passar mais de cinco décadas sem a sua companhia.

“Deus o abençoe”. Com lágrimas nos olhos e pronunciando estas palavras, dona Maria José recebeu o filho, vencendo a distância e o tempo na hora do abraço. Segundo ela, a visita não é suficiente para matar tamanha saudade. “Minha vontade é que ele fique, mas infelizmente eu não posso prender ele aqui”, disse.

Na sua terra natal, Ramiro começou a conhecer pessoas de sua família sobre as quais ele nunca ouviu falar, mas mesmo assim também aguardavam com ansiedade o momento de conhecê-lo. As irmãs Hélia, Ester, Ivete, Nanci, Nilda, os sobrinhos e amigos foram aos poucos se aproximando de Ramiro e de repente toda a família estava reunida novamente.

“É tanta gente para conhecer e tanta coisa para fazer na cidade que vou ter que ver a melhor forma de ir em todos os lugares, já que o tempo é pouco”, comentou Ramiro.

De acordo com Ozéas Jordão, irmão de Ramiro, depois da partida, a mãe perdeu o contato com o filho por cerca de 40 anos, mas a saudade falou mais alto e a família decidiu ir atrás de informações para tentar localizar Ramiro e poder trazê-lo de volta para casa.

“Nesses 40 anos, tudo que ela falava era sobre ele. Conseguimos encontrá-lo, voltamos a manter contato, mas o tempo e a distância fizeram com que nós o perdêssemos novamente. O maior presente que poderíamos dar a nossa mãe era reencontrá-lo e foi isso que fizemos”, enfatizou.

Ramiro foi embora do Sítio Bela Vista, no município de Queimadas, aos 17 anos, e no Estado de São Paulo construiu uma vida inteira longe dos familiares. O motivo da partida foi um desentendimento familiar por causa de um namoro que, na época, foi proibido pelos pais.

Novamente nos braços da mãe, Ramiro contou que a saudade foi a maior dificuldade enfrentada por ele durante todo esse tempo. “Ao chegar lá, passei por muitas coisas, sofri, consegui emprego na área de construção civil, mas definitivamente a saudade foi a pior das dificuldades, ela nunca acaba”, revelou Ramiro, emocionado.

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