
Rafael Soares
A Delegacia de às
Drogas Combate (DCOD) indiciou, no mesmo inquérito, o pastor Marcos Pereira da
Silva e Márcio dos Santos Nepomuceno por associação para o tráfico. As
investigações apontaram que o pastor tem “estreita ligação com a família e o
líder de uma facção criminosa, Marcinho VP”, de acordo com o relatório final,
já nas mãos do promotor Alexandre Graça, que vai decidir pela denúncia dos
acusados.

Alan Andrade e
Eduardo Martins Dias, presos respectivamente pelos tiros durante o Desafio da
Paz e por disparo de arma de fogo contra a sede do Alemão, disseram à polícia
que o ataque foi coordenado pelo traficante Bruno Procópio, o Piná, que teria
recebido a ordem diretamente de Marcinho.
Marcinho VP também tenta transferência para fora
do Rio Foto: Salvador Scofano / Salvador Scofano
O relatório também
traz uma cópia do diálogo entre os traficantes no presídio. A conversa, que
termina com o pedido de Beira-Mar para que Marcinho mandasse um “salve para o
Juninho” (José Junior, coordenador do AfroReggae), começa com elogios de VP ao
pastor. “Fiquei triste (com a prisão do pastor), porque é uma pessoa que ajuda
pra caramba, faz um trabalho social maneiro (...), é acusação sem pé nem
cabeça”.
O delegado titular da
especializada, Márcio Mendonça, afirma que a relação entre Marcos e Marcinho é
intermediada pelas irmãs do traficantes, Silvia e Silvana, missionárias da
Assembleia de Deus dos Últimos Dias, igreja do pastor.
O tráfico de drogas
já demostrava insatisfação com o coordenador do AfroReggae, José Junior, há
três anos.
Uma carta, com a data
de 15 de outubro de 2010 e endereçada aos traficantes Marcinho VP e Marco
Antônio Pereira Firmino, o My Thor, revela que criminosos da mesma facção dos
bandidos já mostravam descontentamento com o trabalho da ONG nas favelas do Rio
.
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