A criação da unidade
de saúde é fruto da parceria entre
o Hospital Clementino Fraga e a Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade
Humana
Travestis e transexuais
terão à disposição um ambulatório de saúde especializado que prestará
atendimento em endocrinologia, ginecologia e cirurgia plástica. A unidade de
saúde, fruto de parceria entre o Hospital Clementino Fraga, em João Pessoa, e a
Secretaria de Estado da Mulher e da Diversidade Humana, será inaugurado pelo
Governo do Estado no dia 24 deste mês.
A gerente Operacional
das DST\AIDS e Hepatites Virais da Secretaria de Estado da Saúde (SES),
Ivoneide Lucena Pereira, explicou que a princípio o serviço irá atender a cerca
de 25 pessoas, mas ela acredita que esse público é muito maior em todo o
Estado. Ela afirmou que toda a equipe que irá trabalharno serviço já foi
treinada.
Ela afirmou também que
no dia da inauguração será distribuído panfleto com os horários e os dias de
atendimento de cada especialidade. Em parceria com as Gerências Regionais de
Saúde será montado um fluxograma de atendimento e cada região ficará
encarregada de agendar a consulta, providenciando o deslocamento do paciente
até serviço.
Ivoneide Lucena lembrou
que desde que foi criado o Comitê Estadual de Saúde da População de Gays,
Lésbicas, Transexuais, Travestis e Bissexuais, (LGBT), em novembro do ano
passado, os representantes se reúnem periodicamente e definem as prioridades
para atendimento a este público. Uma dessas demandas foi a criação do
ambulatório.
O secretário de Estado
da Saúde, Waldson Dias de Souza, explicou que em todas as reuniões para a
construção de planos de prevenção e implantação de políticas públicas o Governo
do Estado sempre exigiu a participação dos representantes de todos os
movimentos sociais interessados, sem nenhuma discriminação, para juntos
discutir e buscar soluções. “Estamos sempre abertos ao diálogo, pois
acreditamos que ainda é o melhor canal de negociação”, destacou.
Ivoneide Lucena
destacou que o Governo do Estado tem investido em ações e serviços para
garantir qualidade de vida à população LGBT. Um exemplo é o Comitê, que tem como
atribuições sistematizar proposta de política estadual das estratégias e ações
de saúde para esse público, com vista a garantir a equidade na atenção à saúde;
promover a elaboração de propostas de atenção integral à saúde, de participação
e de controle social voltadas para a população LGBT, de forma intersetorial e
em consonância com o Plano Estadual de Saúde, para pactuação nos organismos
intergestores do SUS; incorporar, nas elaborações da política de saúde,
subsídios técnicos-políticos provenientes do movimento social e do campo da
pesquisa, visando ampliar o conhecimento sobre a situação da população de gays,
lésbicas, transexuais, travestis e bissexuais e participar de iniciativas
intersetoriais relacionadas com a saúde dessa população.
De acordo com Ivoneide
Lucena o Governo do Estado tem procurado dar visibilidade a essa população que
é vista com preconceito, e colocar em prática o que vem ocorrendo na atual
gestão em todas as secretarias estaduais que é o respeito à individualidade
humana e por fim incluir essa população junto aos serviços de saúde. “O Estado,
por meio de Secretaria Estadual da mulher e da Diversidade Humana, implantou
Espaço LGBT, onde é disponibilizado atendimento psicológico e jurídico”, disse.
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