A BBom
teve as contas bloqueadas pela Justiça Federal por suspeita de ser uma pirâmide
financeira. A empresa, que tem cerca de 300 mil associados, é a segunda a ter as
transações financeiras suspensas por esse motivo nas últimas 3 semanas.
A decisão
atinge as contas da Embrasystem, que usa os nomes fantasias BBom e Unepxmil, e
da BBrasil Organizações e Métodos LTDA, bem como os bens dos sócios
proprietários de ambas.
Procurada,
a BBom informou que se pronunciaria em breve. Em entrevista ao iG publicada no
último dia 2, o diretor da empresa, Ednaldo Bispo, negou qualquer
irregularidade .
Rastreador
não tem registro na Anatel
A BBom
informa ser uma empresa que comercializa produtos e serviços por meio de
marketing multinível – um modelo de varejo que premia os vendedores que atraem
outros vendedores para a rede. O principal serviço, segundo Bispo, é o de
rastreamento de veículos.
A juíza
susbstituta da 4ª Vara Federal de Goiânia, Luciana Laurenti Gheller, porém,
considerou que os pagamentos feitos a cada participante da rede "depende
exclusivamente do recrutamento feito por ele de novos associados", de
acordo com nota divulgada no site do Tribunal Regional Federal da 1ª Região
(TRF-1). A BBom cobra dos revendedores taxas de adesão que variam de R$ 600 a
R$ 3 mil.
A juíza
também apontou como evidência o fato de que o rastreador de automóveis
comercializado pela BBom não tem autorização da Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatel).
Em todo o
Brasil, 13 são investigadas
A empresa
já tinha se tornado alvo de investigação do Ministério Público do Rio Grande do
Norte (MP-RN), que anunciou no último dia 2 a abertura de inquéritos contra
seis empresas por suspeita de pirâmide financeira.
Em todo o
Brasil, 13 empresas são investigadas atualmente por suspeita de pirâmide,
segundo Murilo Moraes e Miranda, presidente da Associaçao do Ministério Público
do Consumidor (MPCon) e promotor do Ministério Público de Goiás (MP-GO).
Com um
argumento semelhante, no dia 18 de junho a Justiça do Acre suspendeu os
pagamentos e bloqueou os bens dos donos da Telexfree, que informa comercializar
pacotes de telefone por internet (VoIP, na sigla em inglês). Os responsáveis
também negam irregularidades e entraram com um mandado de segurança contra a
decisão que, na última segunda-feira, manteve o bloqueio.
IG
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