O juiz da Vara de Execuções Criminais de
Contagem (Grande Belo Horizonte), Wagner Cavalieri, decidiu que o ex-goleiro do
Flamengo Bruno Fernandes de Souza tem direito a liberdade condicional e ao
regime semi-aberto, informou o Tribunal de Justiça de Minas Gerais nesta
terça-feira (29).
A concessão do benefício
refere-se à pena por agressão e cárcere privado de Eliza Samudio, no Rio de
Janeiro, em 2009, quando ela ainda estava grávida de Bruninho. Bruno não será
solto porque há um mandado de prisão contra ele, envolvendo o processo judicial
que aponta ele como assassino de Eliza.
O atleta está preso em
Contagem, na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em cumprimento a
pena do processo do Rio de Janeiro e também em determinação judicial para
aguardar julgamento em processo na Justiça Mineira, no qual é acusado de, em
2010, sequestrar Bruninho, matar Eliza e ocultar seu corpo.
A defesa de Bruno tenta no
Supremo Tribunal Federal (STF), última instância da Justiça, um habeas corpus
para livrá-lo da prisão, enquanto aguarda o julgamento. Diversos pedidos já
foram feitos e negados à Justiça Mineira e ao Superior Tribunal de Justiça
(STJ).
O pedido de liberdade
condicional de Bruno, referente ao processo do Rio de Janeiro, foi julgado pela
Justiça de Contagem, pois é nesta cidade em que Bruno está preso. Macarrão
também tem direito à liberdade condicional, pois cumpriu um terço de sua pena
de três anos no caso do Rio. Bruno foi condenado a quatro anos e seis meses de
prisão e por ter cumprido um terço de sua pena tem direito à liberdade
condicional, conforme prevê a legislação brasileira.
O ex-atleta só poderá
deixar a cadeia quando conseguir liberdade referente aos dois processos em que
é acusado criminalmente. No caso do Rio, a liberdade está garantida, mas no
processo de Minas, ele ainda luta pelo habeas corpus.
O processo do Rio já foi
julgado, mas o de Minas sequer tem data de julgamento, pois ainda há
possibilidade de recursos. Enquanto no processo do Rio estiveram envolvidos
apenas Bruno e seu ex-braço-direito, Luiz Henrique Romão, o Macarrão; em Minas,
o processo envolve um número bem maior de réus.
São apontados como
envolvidos no sequestro de Bruninho e de Eliza, na morte dela e na ocultação de
seu cadáver: Bruno, Macarrão e Marcos Aparecido dos Santos (Bola) – presos – ;
além de Dayanne Rodrigues (ex-mulher de Bruno), Fernanda Castro (ex-namorada de
Bruno), Wemerson Marques (amigo de Bruno), Elenilson da Silva (ex-caseiro) e
Sérgio Rosa (primo de Bruno). Um adolescente à época do crime, também
envolvido, está detido em um Centro de Internação de Menores, em Belo Horizonte.
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