
Um vídeo que mostra presos sendo contidos e
agrupados no pátio principal da Penitenciária Doutor Romeu Gonçalves de
Abrantes também foi divulgado.
A rebelião que ocorre desde às 20h desta
terça-feira (29) está sendo considerada pelo Coronel Arnaldo Sobrinho, gerente
executivo do sistema penitenciário do Estado, como 'a maior rebelião em
presídios da história da Paraíba'.


Rebeliões
Primeiramente, a rebelição ocorreu dentro do
presídio PB1. Por volta das 20h, detentos atearam fogo em colchões e quebraram
as grades. Tiros foram disparados para conter o tumulto.
Os detentos reivindicam melhorias na
alimentação e na estrutura da unidade prisional. De acordo com agentes
penitenciários, os presos fizeram uma cortina de colchões no pavilhão 1 e
tocaram fogo com o objetivo de impedir a entrada de policiais no presídio.
A rebelião no presídio PB2 iniciou por volta
das 22h desta terça-feira (29). Detentos também atearam fogo em colchões e
quebraram as grades.
Já por volta das 23h20, a rebelião se iniciou
na Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, conhecida como Presídio do
Roger. Várias viaturas da Polícia Militar passaram toda a madrugada.
Também houve queima de colchões e muito
tumulto. Segundo agentes penitenciários, o motivo teria sido briga entre
facções criminosas rivais.
Veja
nota oficial do Governo do Estado:
Às 20h desta terça-feira (29) o serviço de
inteligência do Sistema Penitenciário tomou conhecimento de um princípio de
rebelião no complexo de segurança máxima PB1 e PB2, em João Pessoa. De
imediato, foi mobilizado um efetivo policial e criado um comitê formado pelas
Secretarias de Segurança e Defesa Social, Administração Penitenciária, Comando
da PM, Bombeiros e Pastoral Carcerária com intuito de estabelecer um canal de
negociação com os presos amotinados.
O grupo de negociações é formado pelo
secretário de Administração Penitenciária, coronel Washington França;
secretário de Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima; gerente executivo do
Sistema Penitenciário, tenente-coronel Arnaldo Sobrinho; comandante do 1º
Batalhão, tenente-coronel Paulo Almeida Martins; comandante do 5º Batalhão, tenente-coronel
Lívio Carvalho; comandante da 4ª Companhia, major Carlos Roberto de Sena;
comandante do Batalhão de Operações Especiais, major Jerônimo Bisneto;
comandante da Policia Metropolitana, coronel Américo, e o coordenador estadual
da Pastoral Carcerária, padre João Bosco.
Nos dois presídios, as negociações continuam.
No PB2, as autoridades conseguiram a liberação de um detento ferido. A vítima,
ainda sem identificação, foi encaminhada para o Hospital de Emergência e Trauma
de João Pessoa, onde está internada em estado grave.
Os trabalhos contam com o apoio do Corpo de
Bombeiros e Samu. O juiz da Vara de Execuções Penais, Carlos Neves da Franca
Neto, se encontra no complexo penitenciário acompanhando as negociações.
As autoridades ainda não têm conhecimento
sobre a extensão dos danos causados pelos detentos.
Outro princípio de motim foi registrado no
Presídio de Segurança Média Desembargador Flósculo da Nóbrega, no bairro do
Roger, mas a situação já foi controlada.
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