O programa Correio Verdade, da TV Correio,
divulgou uma foto que mostra a situação do presídio de segurança máxima PB1, em
Jacarapé, em João Pessoa, após a rebelião que dura mais de 18 horas.
Um vídeo que mostra presos sendo contidos e
agrupados no pátio principal da Penitenciária Doutor Romeu Gonçalves de
Abrantes também foi divulgado.
A rebelião que ocorre desde às 20h desta
terça-feira (29) está sendo considerada pelo Coronel Arnaldo Sobrinho, gerente
executivo do sistema penitenciário do Estado, como 'a maior rebelião em
presídios da história da Paraíba'.
"Tivemos rebeliões em 2011, em anos
anteriores, mas não com esse poder, inclusive de fogo. Essa é a maior rebelião
em presídios da história da Paraíba", disse.
Houve rebelião também nas penitenciárias PB2
e Roger. Segundo a Polícia Militar, a rebelião na Penitenciária Desembargador
Flósculo da Nóbrega, conhecida como Presídio do Roger, já foi controlada. Mas a
movimentação na frente da unidade prisional continua.
Rebeliões
Primeiramente, a rebelição ocorreu dentro do
presídio PB1. Por volta das 20h, detentos atearam fogo em colchões e quebraram
as grades. Tiros foram disparados para conter o tumulto.
Os detentos reivindicam melhorias na
alimentação e na estrutura da unidade prisional. De acordo com agentes
penitenciários, os presos fizeram uma cortina de colchões no pavilhão 1 e
tocaram fogo com o objetivo de impedir a entrada de policiais no presídio.
A rebelião no presídio PB2 iniciou por volta
das 22h desta terça-feira (29). Detentos também atearam fogo em colchões e
quebraram as grades.
Já por volta das 23h20, a rebelião se iniciou
na Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, conhecida como Presídio do
Roger. Várias viaturas da Polícia Militar passaram toda a madrugada.
Também houve queima de colchões e muito
tumulto. Segundo agentes penitenciários, o motivo teria sido briga entre
facções criminosas rivais.
Veja
nota oficial do Governo do Estado:
Às 20h desta terça-feira (29) o serviço de
inteligência do Sistema Penitenciário tomou conhecimento de um princípio de
rebelião no complexo de segurança máxima PB1 e PB2, em João Pessoa. De
imediato, foi mobilizado um efetivo policial e criado um comitê formado pelas
Secretarias de Segurança e Defesa Social, Administração Penitenciária, Comando
da PM, Bombeiros e Pastoral Carcerária com intuito de estabelecer um canal de
negociação com os presos amotinados.
O grupo de negociações é formado pelo
secretário de Administração Penitenciária, coronel Washington França;
secretário de Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima; gerente executivo do
Sistema Penitenciário, tenente-coronel Arnaldo Sobrinho; comandante do 1º
Batalhão, tenente-coronel Paulo Almeida Martins; comandante do 5º Batalhão, tenente-coronel
Lívio Carvalho; comandante da 4ª Companhia, major Carlos Roberto de Sena;
comandante do Batalhão de Operações Especiais, major Jerônimo Bisneto;
comandante da Policia Metropolitana, coronel Américo, e o coordenador estadual
da Pastoral Carcerária, padre João Bosco.
Nos dois presídios, as negociações continuam.
No PB2, as autoridades conseguiram a liberação de um detento ferido. A vítima,
ainda sem identificação, foi encaminhada para o Hospital de Emergência e Trauma
de João Pessoa, onde está internada em estado grave.
Os trabalhos contam com o apoio do Corpo de
Bombeiros e Samu. O juiz da Vara de Execuções Penais, Carlos Neves da Franca
Neto, se encontra no complexo penitenciário acompanhando as negociações.
As autoridades ainda não têm conhecimento
sobre a extensão dos danos causados pelos detentos.
Outro princípio de motim foi registrado no
Presídio de Segurança Média Desembargador Flósculo da Nóbrega, no bairro do
Roger, mas a situação já foi controlada.
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