quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Taxista acha 13 mil euros no carro e devolve à dona



Marco Aurélio no aeroporto Foto: Lucas Figueiredo / Extra
O taxista Marco Aurélio Fernandes Aguiar, de 48 anos, foi acordado, na última quinta-feira pela manhã, pela mulher. Do outro lado da linha, um funcionário da cooperativa a qual pertence repassava a pergunta desesperada de uma passageira que pegara no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Zona Norte do Rio, onde faz ponto: será que ele tinha encontrado uma carteira caída no táxi? Marco correu para o veículo e achou, caída atrás do banco do carona, uma carteira da qual saíam notas de euro. Ao todo eram 13 mil euros - cerca de R$ 42 mil. Sem pensar duas vezes, ele ligou de volta para a cooperativa e pediu para que o número de seu telefone fosse passado para a passageira.

- Combinamos o encontro e devolvi o dinheiro. Ela não conseguia nem falar. Só chorava. Ficou muito nervosa - contou Marco.

Morador de Vigário Geral, também na Zona Norte, ele ganhou uma recompensa de mil reais da passageira. O dinheiro foi para as economias que Marco faz para comprar sua autonomia. Motorista auxiliar, ele ganha cerca de R$ 250 por dia mas tem que destinar R$ 140 para a diária do táxi. Os 13 mil euros poderiam muito bem ter ajudado o taxista a realizar seu sonho - uma autonomia no Rio custa mais de cem mil reais - mas...

- Nem pensar em fazer uma coisa dessas. Não tem como pegar o dinheiro de alguém - reagiu Marco.

O taxista no carro onde a carteira foi esquecida Foto: Lucas Figueiredo / Extra
Com 13 anos de praça, o taxista contou que costuma ver muita coisa esquecida no carro. Mas tanto dinheiro assim, nunca:

- O pessoal esquece muito telefones celulares. Sempre guardo para devolver.
A dona do dinheiro, moradora da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, preferiu não se identificar. Agradecida, a mulher contou que os mil reais dados a Marco foram uma “recompensa pela boa atitude”. Segundo ela, que acabara de chegar de Portugal ao embarcar no táxi, o valor perdido pertencia a sua mãe.

- Só não quero aparecer para me preservar, tenho filho pequeno. Mas eu fiquei muito emocionada com o gesto dele. É uma história que precisa ser contada, para estimular gestos parecidos - diz.


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