Grupo é contra serviço
de buffet de R$ 3,4 milhões do Governo do Estado.
Ato deve servir buffet popular em frente à sede do Governo do Ceará.
Grupo organiza um serviço de buffet popular em frente à sede do governo
Um grupo intitulado “Buchada no Palácio” protesta contra o contrato do
Governo do Ceará que prevê
gastos de até R$ 3,4 milhões com serviços de buffet para receber autoridades no
estado. O contrato prevê o serviço de pratos finos servidos em bandeja de prata
e decoração de festas. O protesto organiza um serviço de buffet popular em
frente à sede do Governo do Ceará, no Palácio da Abolição.
O grupo mobiliza cearenses nas redes sociais. No cardápio do buffet
popular, buchada e outros pratos da culinária do Ceará. A ideia de servir os
pratos populares é uma ironia à frase do deputado Fernando Hugo (PSDB) que, em defesa do
governador Cid Gomes (PSB),
afirmou que “pessoas internacionais” não podem ser servidas de “buchada”.
“O governador não pode oferecer
buchada, panelada, sarrabulho e paçoca, porque internacionalmente tem pessoas
que se alimentam dentro daquilo ofertado pelo cardápio do buffet”, afirmou o
deputado em entrevista à TV Verdes Mares.
“Se o governador não pode oferecer buchada, panelada, sarrabulho, tripa
de porco e paçoca, nós podemos”, responde o grupo Buchada no Palácio no Facebook. Na rede, eles agendam
para o sábado (24) um “banho de piscina” no espelho d’água do Palácio da
Abolição enquanto são servidos os pratos populares como a buchada.
‘Farra do caviar’
O caso que ficou conhecido com ‘farra do caviar’ foi denunciado pelo deputado de oposição Heitor Férrer (PDT), em discurso na Assembleia Legislativa do Ceará. Heitor reclamou do valor do serviço que considerou alto e disse que a verba do contrato seria suficiente para cavar um poço profundo por dia. “O cearense sofre sede e fome, e o Palácio do Governo se banqueteia com lagosta e caviar”, afirmou Heitor Férrer.
Na segunda-feira, o governador Cid Gomes afirmou que iria
tirar os pratos de “nome exótico” do cardápio do serviço de buffet, mas não
garantiu que isso fosse reduzir o valor do contrato, que prevê gastos de até R$
3,4 milhões.
“Posso até tirar os pratos exóticos do buffet, aliás, vou fazer isso, se
querem demagogia, vou mandar retirar coisas exóticas desse cardápio. Tudo o que
for com nome francês, com nome inglês e com nome russo vai sair. Vai ficar só
nome em português”, disse Cid Gomes.
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