Índice
proposto para professor de nível mais baixo passou de 12% para 25%
Nova proposta
tenta pôr fim a greve nas universidades federais; sindicatos responderão na
próxima semana
DE BRASÍLIA
O governo federal cedeu à pressão dos
professores universitários e apresentou ontem uma proposta de reajuste maior
para a categoria.
Com a nova oferta, o reajuste mais
baixo dado aos docentes será de 25% em três anos -antes, era de 12%.
A mudança terá um impacto adicional de
R$ 280 milhões nos cofres públicos: foi de R$ 3,9 bilhões para R$ 4,18 bilhões
-adicional de 7,7%. O valor será distribuído ao longo dos próximos três anos.
Apesar do aumento do valor proposto,
não há ainda consenso entre os grevistas sobre o fim da paralisação.
Os novos índices contemplaram,
principalmente, professores com carga horária de 20 horas e 40 horas semanais
-o que corresponde a 14% dos professores.
O reajuste máximo para a categoria está
mantido: 40% para os professores titulares.
O governo concordou ainda em antecipar
o pagamento dos novos salários, do segundo semestre de 2013 para março do
próximo ano.
O secretário de relações do Trabalho,
Sérgio Mendonça, afirmou que não há margem para uma nova oferta. "Estamos
convencidos (...) de que fizemos um movimento suficiente para que a gente faça
um acordo com a entidade dos professores para que a greve comece a
terminar."
Os sindicatos devem responder ao
governo até o início da próxima semana. A greve nas universidades federais dura
pouco mais de dois meses, em 57 das 59 instituições.
Para a presidente do Andes (Sindicato
Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior), Marinalva Oliveira,
o governo manteve a "base conceitual" da proposta anterior.
Já o Proifes, entidade que também
representa a categoria, se mostrou mais favorável à proposta do governo.
CARREIRA
O governo aceitou tirar da proposta
alguns critérios para a progressão na carreira.
A exigência de 12 horas/aula semanais
para o avanço nos diferentes níveis da carreira, por exemplo, foi suprimido.
Também foi retirada a limitação de 20% do corpo docente da universidade no topo
da categoria.
Segundo o governo, os itens serão
discutidos em grupo de trabalho criado com os reitores, que deverão apresentar
um esboço para avaliação em três meses.
(FLÁVIA FOREQUE)
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