quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Professor da UFMG é afastado por assédio moral e sexual; alunos usam gravação como prova

Cartaz na porta da sala onde o professor dava aula Foto: Reprodução/Facebook
Um professor de Sociologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi afastado depois de ser acusado de assédio sexual e moral por alunas da instituição. A denúncia feita na última segunda-feira pelo Centro Acadêmico de Ciências Sociais, depois de ouvir inúmeros relatos de abuso durante as aulas, foi encaminhada à reitoria da universidade e também aos Ministério Público e da Educação.

Fernanda Maria Caldeira, estudante de Ciências Sociais, conta que o estopim aconteceu na última aula dada pelo professor, quando um grupo gravou a conversa onde o professor diz à uma aluna: “Veja bem, a relação professor- aluna. Vamos supor que eu te ache uma menina muito atraente e queira terminar na horizontal com você. Aí eu já não te olharia como uma aluna, mas como mulher, porque aluna eu não toco, mulher eu toco".

- Ele já tinha um histórico de comentários bem machistas, sempre usava o conteúdo das aulas para fazer algum comentário com conotação sexual direcionado às meninas. Os colegas também ficavam bem incomodados. Durante a assembleia, alunos relataram que ele chegou a dizer que “mulheres menstruadas não servem para nada, nem para consumo oral” – relatou Fernanda.
Alunos boicotam aula do professor acusado de assédio na UFMG Foto: Reprodução/Facebook
Além dos comentários, o professor também é acusado de usar sua posição para exercer abuso de autoridade. Ele teria criado uma pontuação subjetiva, distribuindo 30 pontos aos alunos que tinham “brilho nos olhos”.
A Faculdade de Ciências Sociais e Filosofia da UFMG abriu uma sindicância para apurar os fatos e terá até 60 dias para apresentar a conclusão. Até lá, o professor ficará afastado.


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