Um professor de
Sociologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi afastado depois
de ser acusado de assédio sexual e moral por alunas da instituição. A denúncia
feita na última segunda-feira pelo Centro Acadêmico de Ciências Sociais, depois
de ouvir inúmeros relatos de abuso durante as aulas, foi encaminhada à reitoria
da universidade e também aos Ministério Público e da Educação.
Fernanda Maria
Caldeira, estudante de Ciências Sociais, conta que o estopim aconteceu na
última aula dada pelo professor, quando um grupo gravou a conversa onde o
professor diz à uma aluna: “Veja bem, a relação professor- aluna. Vamos supor
que eu te ache uma menina muito atraente e queira terminar na horizontal com
você. Aí eu já não te olharia como uma aluna, mas como mulher, porque aluna eu
não toco, mulher eu toco".
- Ele já tinha um
histórico de comentários bem machistas, sempre usava o conteúdo das aulas para
fazer algum comentário com conotação sexual direcionado às meninas. Os colegas
também ficavam bem incomodados. Durante a assembleia, alunos relataram que ele
chegou a dizer que “mulheres menstruadas não servem para nada, nem para consumo
oral” – relatou Fernanda.
Alunos boicotam aula do
professor acusado de assédio na UFMG Foto: Reprodução/Facebook
Além dos comentários, o
professor também é acusado de usar sua posição para exercer abuso de
autoridade. Ele teria criado uma pontuação subjetiva, distribuindo 30 pontos
aos alunos que tinham “brilho nos olhos”.
A Faculdade de Ciências
Sociais e Filosofia da UFMG abriu uma sindicância para apurar os fatos e terá
até 60 dias para apresentar a conclusão. Até lá, o professor ficará afastado.
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