Um operário de 24 anos sobreviveu no
Rio após ter a cabeça atravessada por uma vergalhão da grossura de um dedo
polegar. A barra de ferro entrou pela parte posterior do crânio e saiu entre os
olhos. Ele permaneceu consciente após o impacto e não tem sequelas aparentes.
De acordo com Hospital Municipal Miguel
Couto, a vítima permanecerá internada por uma semana. A principal preocupação é
uma eventual infecção ou a manifestação de qualquer sequela neurológica.
O operário Eduardo
Mendes, 24, teve o crânio transfixado por um vergalhão, após se acidentar
durante o trabalho. O operário passa bem após passar por cirurgia no Hospital
Municipal Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro
O operário relatou que trabalhava numa
obra quando o vergalhão caiu do quarto andar do prédio em construção. O
comprimento do material era cerca de três metros.
"Ela entrou como uma flecha. Ele
disse que sentiu o impacto, caiu, mas que não doeu muito", disse o chefe
do setor de neurocirurgia do hospital, Ruy Monteiro.
No local, bombeiros chegaram a cortar
parte do vergalhão exposto. A cirurgia para a retirada demorou cerca de três
horas. Houve ainda reconstituição da base do crânio furada pela barra.
Segundo Monteiro, houve perda de massa
encefálica. O neurocirurgião disse crer que "um milagre" salvou o
operário de não ter qualquer sequela. Para ele, o vergalhão atingiu partes não
funcionais do cérebro, motivo pelo qual ele não perdeu os sentidos.
"Tem coisa que a gente não tem
muita explicação. Provavelmente atingiu uma área do cérebro não funcional ou
com função desconhecida. Se tivesse atingido uma área motora, ele teria no
mínimo uma paralisia", disse Monteiro.
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