quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Fotógrafo paraibano conta como é fazer parte do 'time' da Playboy

Ida a Playboy aconteceu quando Toddy ficou na 7ª colocação no concurso nacional de fotografia promovido pela revista, em 2007
Fotógrafo Toddy Holland
A primeira vez que viu uma Playboy, Toddy Holland era um moleque. Foi em 1985. No ensaio da capa, Magda Cotrofe, era clicada pelo fotógrafo J.R Duran. Naquele tempo, o paraibano não imaginava que iria ser um profissional da fotografia tampouco que iria fazer parte da equipe de colaboradores da mais famosa revista masculina no Brasil. Atualmente, na Usina Cultural Energisa, há uma exposição que apresenta sua trajetória: 20x40, na qual são mostradas duas décadas de atividade fotográfica com ênfase nos ensaios sensuais, na publicidade e na moda, áreas em que Toddy atua.

Mais do que um fotógrafo da Playboy, Toddy sempre foi um apreciador da revista. “Eu sempre fui apaixonado pelos ensaios sensuais”, conta. “Eu coleciono a Playboy, está guardada em ordem cronológica, desde 1993”, diz. “Engraçado. A primeira coisa que faço quando pego a revista é ler as piadas. Depois vou ver as fotos”. 

Ao ser questionado sobre influências, Toddy diz que, certa vez, num final de semana, em casa, decidiu eleger os seus ensaios preferidos. Empilhou a coleção, foi separando as capas favoritas. “Quando eu fui ver, 90%, quase todos os ensaios, eram de um fotógrafo só, Bob Wolfenson. Isso quer dizer que eu me identificava com a linha dele. Quando não era dele, era do Luis Crispino. Hoje eu conheço todos os dois”.

Sobre a profissão, Toddy foge ao padrão daqueles que dizem ter nascido para o ofício. “Eu não escolhi ser fotógrafo, acordei um dia e ‘vou ser fotógrafo’. Eu gostava. Isso, desde antigamente”, conta. O fotógrafo comprou publicações do Instituto Universal Brasileiro. “Não tinha aquele interesse. Minha família tem um relacionamento com arte. Minha irmã pinta. Minha mãe também pintava”, conta.  “Comecei com uma câmara Zenit 12 XP totalmente manual. E uma lente. Eu tinha laboratório próprio também, onde revelava meus trabalhos”.

A ida a Playboy aconteceu quando Toddy ficou na 7ª colocação no concurso nacional de fotografia promovido pela revista, em 2007. “Foi um ensaio feito numa construção civil. Um ensaio completo. Eu transformei a modelo como se ela fosse uma engenheira da obra. Ela fotografou nua no meio da obra. Usamos até algumas pessoas para compor o cenário”, relembra.  


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