Caso aconteceu na tarde do último sábado (20);
mãe tem 19 anos.
Criança nasceu em um banheiro improvisado com um balde.
Sem saber que estava grávida, mulher dá à luz em casa em Atibaia
(Foto: Karina Santos Pinheiro/VC no G1)
A jovem Tamira Jéssica da Conceição Franco, de 19 anos, só ficou sabendo
que estava grávida quando deu à luz o primeiro filho dentro de um balde em
casa. O caso inusitado ocorreu no último sábado (20) em Atibaia,
no interior de São Paulo.
Segundo a mãe, nos últimos nove meses ela não notou nenhuma alteração no
corpo - nem vômitos ou enjôos, 'chutes' na barriga ou aumento de peso -sintomas
comuns às gestantes. Tamira disse ainda que ficou menstruada no período.
O parto aconteceu no quarto da jovem, por volta das 17h50. Ela relatou
que durante todo dia sentiu fortes dores. Porém, com um diagnóstico
anterior de infecção urinária, ela disse que nem desconfiou que estava sentindo
contrações.
Dessa forma, em um banheiro improvisado dentro do quarto, com um balde,
o bebê Wesley Henrique veio ao mundo - um menino com pouco mais de 3 quilos e
48 centímetros, passa bem e é saudável. A sobrinha da estudante, Karina
Santos Pinheiro, de 26 anos, contou a história por meio da ferramenta VC no G1.
"Minha casa está em reforma e eu fico sozinha em um quarto, único
cômodo em cima. Para evitar descer, eu levo tudo o que eu preciso e também o
balde para o meu quarto, para usar de banheiro. Foi lá que o Wesley
nasceu", contou Tamara ao G1.
O cordão umbilical se soltou na ocasião do nascimento.
Segundo o cálculo da jovem, ela teria engravidado em julho passado de um
ex-namorado, de 25 anos. O pai da criança ainda não foi comunicado do
nascimento. "Nem pra mim caiu a ficha ainda, tenho medo da reação dele. Preciso
criar coragem para contar", disse. Ela contou que os dois tiveram um breve
relacionamento de 8 meses e estão separados há 5 meses. Ele foi o primeiro
namorado dela.
Mudança
Tamira, que já teve alta da Santa Casa de Atibaia, onde recebeu os cuidados depois do parto, diz que a vida vai mudar depois deste fim de semana. "Vai mudar tudo. Por enquanto estou ganhando coisas para o enxoval, não tenho nada", disse a jovem que mora no Jardim Imperial com os pais e um sobrinho. Ela, que é balconista, está desempregada no momento.
Tamira, que já teve alta da Santa Casa de Atibaia, onde recebeu os cuidados depois do parto, diz que a vida vai mudar depois deste fim de semana. "Vai mudar tudo. Por enquanto estou ganhando coisas para o enxoval, não tenho nada", disse a jovem que mora no Jardim Imperial com os pais e um sobrinho. Ela, que é balconista, está desempregada no momento.
A família está um pouco assustada ainda, mas feliz com a chegada do novo
membro. "O bebê não tem culpa de nada. Estamos felizes, compramos várias
coisas para ele, estamos felizes", disse Karina Santos Pinheiro, de 26
anos, prima do bebê. A criança não tem previsão de alta. Como a gestação não
contou com pré-natal, o menino está em observação.
Samu
O atendimento foi prestado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que inicialmente recebeu um chamado para atender uma paciente que sentia dores causadas por uma infecção urinária.
O atendimento foi prestado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que inicialmente recebeu um chamado para atender uma paciente que sentia dores causadas por uma infecção urinária.
"Enviamos um carro de suporte básico para o local porque
inicialmente era algo simples. Em seguida, recebemos um novo chamado contando
que um bebê havia nascido. Mandamos uma viatura de suporte avançado com médico
e enfermeiro para o local", contou Diógenes Branco, coordenador do Samu em
Atibaia.
De acordo com o médico clínico geral Paulo Pereira, casos como este, em
que a mãe relata não saber da gestação, são raros. "Em 44 anos de
profissão, eu atendi apenas um caso assim", contou. Ele disse que o
nascimento desta forma não chega a representar um risco à mãe e ao bebê, mas
que o ideal é que todas as gestantes sejam acompanhadas e façam pré-natal.
Sobre a ausência de sintomas, ele esclareceu que os casos têm que ser
analisados individualmente, mas que pode haver um bloqueio emocional. "De
acordo com o quadro emocional, a mãe pode bloquear os sintomas da
gestação", explicou Pereira.
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