Dois irmãos mais velhos devem reencontrar a mãe biológica nesta segunda.
Eles foram retirados dos pais baianos à força e entregues a famílias de SP.
Duas das cinco crianças retiradas à força dos pais
biológicos da Bahia e entregues a famílias paulistas foram
devolvidos à Vara da Infância e Juventude de Campinas (SP) na tarde desta
segunda-feira (3). O casal campineiro, que conseguiu a guarda dos garotos em um
processo tido como irregular pela Justiça, cumpre a determinação do juiz de
Monte Santo (BA) Luiz Roberto Cappio, que exigiu na terça-feira (27) que os cinco irmãos fossem
devolvidos à mãe biológica. As outras três crianças mais novas
vivem em Indaiatuba (SP) e devem ser apresentadas ao juiz nesta terça.
Segundo informações da Vara da Infância e Juventude
de Campinas, até as 17h desta segunda, permaneciam no Fórum local o casal e as
duas crianças para formalizar a entrega. Uma equipe de um abrigo de São Paulo
será responsável por encaminhar os meninos até a capital nesta noite, onde eles
reencontrarão com a mãe biológica, que viajou para São Paulo na
sexta. Pela determinação do juiz baiano, as crianças permanecerão
por 15 dias no local para se readaptar ao convívio dos pais biológicos.
Os três irmãos mais novos permaneciam com os pais
adotivos de Indaiatuba (SP) até o fim da tarde desta segunda, mas a expectativa
de uma das mães era de que ainda nesta data elas fossem procuradas para
entregar as crianças. “Já conversei com meu filho. Mostrei na televisão a mãe
dele e disse que ele vai passar férias com mãe porque ela está com
saudade”, disse a mãe do garoto de 4 anos.
A Vara da Infância de Indaiatuba não forneceu
informações sobre o processo. Uma das mães que conversou com o G1 reclamou sobre a dificuldade
que eles têm enfrentado na Bahia para entrar com recurso. “Nós estamos sendo
privados desse direito. No Fórum de Monte Santo nos informam que o processo não
está lá”, disse.
O casal Silvânia e Gerôncio, pais das crianças,
contaram que elas foram retiradas de casa em junho de 2011, pela polícia, após
ordem do juiz Vítor Manoel Xavier Bizerra, que na época atuava em Monte Santo.
Dos cinco filhos do casal, dois mais velhos foram levados para Campinas. Os
outros foram para Indaiatuba, cidade vizinha.
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