Promotor Oswaldo Lopes apresenta acusação contra três réus.
Então vice-governador da PB foi encontrado morto 9 dias antes da posse.
Após
mais de duas décadas, os desdobramentos jurídicos do 'Caso Asfora' podem estar
chegando ao fim. O juiz Alberto Quaresma marcou para o próximo dia 13 o
julgamento dos réus. No dia 6 de março de 1987, a nove dias de ser empossado
como vice-governador da Paraíba, Raymundo Yasbeck Asfora foi encontrado morto
em sua residência, na granja Uirapuru, bairro de Bodocongó, em Campina Grande.
De
acordo com o promotor Oswaldo Lopes, "os 14 volumes do caso estão sendo
estudados a fundo para a preparação do julgamento". O júri está marcado
para acontecer a partir das 9h (horário local) da próxima quinta-feira, no 2º
Tribunal do Júri do Fórum Affonso Campos.
O
representante do Ministério Público estadual intimou ainda a presença dos
peritos criminais Domingos Techetto, especialista em balística, e Genival
Veloso de França, professor de Medicina Legal, pelo fato deles terem
apresentado laudos periciais se contrapondo aos já existentes no processo.
A
viúva de Asfora, Gilvanete Vidal de Negreiros Asfora e o fotógrafo Marcelo
Marcos da Silva, na época apontados como suspeitos de ter envolvimento com a
morte, vão novamente a júri popular após decisão em 2009 da ministra Maria
Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O caseiro João
da Costa, também relacionado no caso, já morreu.
À
época dos fatos, o Ministério Público da Paraíba denunciou os acusados por
homicídio qualificado e concurso de pessoas. No primeiro julgamento em Campina
Grande, a maioria dos jurados entendeu que Raymundo Asfora teria cometido
suicídio e os suspeitos foram absolvidos. A pedido dos advogados de parentes, o
Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB) anulou a sentença. Os réus, por sua vez,
recorreram ao STJ, mas tiveram o recurso especial negado.
História
Nascido na capital cearense Fortaleza, Raymundo Yasbeck Asfora desembarcava em Campina Grande aos 12 anos de idade, em companhia dos pais libaneses no ano de 1942. Aos 18 anos militava nos movimentos estudantis, atuando na luta pela restauração do Grêmio Estudantil Campinense, conquistando a construção da 'Casa do Estudante' mais tarde seria nomeada 'Casa Félix Araújo'.
Nascido na capital cearense Fortaleza, Raymundo Yasbeck Asfora desembarcava em Campina Grande aos 12 anos de idade, em companhia dos pais libaneses no ano de 1942. Aos 18 anos militava nos movimentos estudantis, atuando na luta pela restauração do Grêmio Estudantil Campinense, conquistando a construção da 'Casa do Estudante' mais tarde seria nomeada 'Casa Félix Araújo'.
Cursou
a Faculdade de Direito na cidade de Recife, em Pernambuco, retornando a Campina
Grande no ano de 1952 para assumir a Secretaria de Serviço Social na gestão do
prefeito Severino Cabral. Sua colaboração o leva a ser eleito vereador de
Campina Grande em 1955, tornando-se o líder da oposição ao prefeito Elpídio de
Almeida.
Foi
eleito deputado estadual em 1958. Em 1964 assumiu, como suplente, mandato na
Câmara Federal de Deputados e posteriormente retornou à bancada em 1982. Em
1976, é eleito vice-prefeito de Campina Grande na chapa de Enivaldo Ribeiro,
cumprindo mandato de 1977 a 1982. No ano de 1986, aceitou a indicação do seu
nome para vice-governador, sendo eleito junto ao governador Tarcísio Burity
governador em 15 de Novembro de 1986.
Além
de jurista e político, Raymundo Asfora é coautor de uma das mais populares
composições musicais da região, em parceira com Rosil Cavalcante, considerada
um hino não-oficial de Campina Grande e intitulada “Tropeiros da Borborema”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário