Os gastos estimados da
Copa do Mundo do Brasil subiram de R$ 25 bilhões para R$ 27,4 bilhões, segundo
estudo divulgado nesta semana pelo TCU (Tribunal de Contas da União).
A principal novidade do
levantamento é a previsão de gastos federais de R$ 371 milhões em
telecomunicações.
O último estudo
consolidado do TCU foi divulgado em março. Desde então, as cidades-sede que
registraram o maior salto de investimentos foram São Paulo (R$ 4,9 bilhões em
março para R$ 6,2 bilhões em junho), Natal (de R$ 1 bilhão para R$ 1,7 bilhão)
e Curitiba (R$ 318 milhões para R$ 863 milhões).
A mobilidade urbana é a
área que continua liderando a destinação de recursos — passou de R$ 10,9
bilhões há três meses para R$ 12 bilhões em junho. O investimento em aeroportos
também subiu, de R$ 6,5 bilhões para R$ 7,3 bilhões. Não houve aumento
expressivo nas verbas para estádios e portos no período. Os governos locais são
a principal fonte de investimento, respondendo por 25,8% dos gastos totais.
O estudo também mostra a
evolução das obras nos estádios nos últimos meses. Entre as 12 cidades-sede,
Fortaleza está com as obras mais adiantadas — o estádio Governador Plácido
Aderaldo Castelo, o Castelão, tem 62% das obras concluídas. A menor taxa de
execução, 11,2% está em Curitiba, no estádio Arena da Baixada, que passa por
reformas.
Brasília
A capital federal tem 59%
das obras concluídas, de acordo com o governo do Distrito Federal. A
arquibancada inferior já está totalmente pronta, as arquibancadas
intermediárias já têm 90% da conclusão pronta e as arquibancadas superiores já
são vistas de longe.
Além das três
arquibancadas, o estádio também terá 74 camarotes e área especial para 2.850
jornalistas. A arena também vai contar com área social para passeio e lazer,
bares e restaurantes.
A cobertura da arena já
foi licitada e está sendo fabricada. As próximas licitações serão das cadeiras
e do gramado.
Obra sustentável
As obras do estádio em
Brasília custarão cerca de R$ 800 milhões e a ideia do governo é construir um
estádio sustentável, ou seja, fazer uma obra com racionalização, reciclagem,
reuso e coleta seletiva de resíduos.
Isso significa dizer que o
novo estádio será ecologicamente correto, autossustentável. Na cobertura, por
exemplo, vão ser instaladas placas para captação de energia solar para iluminar
o campo. Em dias de chuva, a água vai ser reaproveitada. E até mesmo as
cadeiras dos 70 mil lugares devem ser feitas com plástico reciclável.
No projeto das obras já
estão previstas as diretrizes de sustentabilidade que podem render para o DF o
selo internacional Leed Platinum, conferido pela instituição US Green Building
Council.
Para obtê-lo, a obra tem
de atingir no mínimo 80 pontos de um total de 100. São avaliados o consumo de
energia, o reaproveitamento de água, o uso de materiais certificados ou
reciclados na construção e no mobiliário, a localização do empreendimento e a
baixa produção de resíduos, entre outros itens.
Outros oito estádios
brasileiros almejam a certificação básica do Leed e para isso precisarão
cumprir no mínimo 50 pontos. O selo é condição para receber financiamento do
BNDES, que possui uma linha de créditos especial para ecoarenas. Seguir com
rigor os padrões tem seu preço: a construção fica até 5% mais cara.
Nenhum comentário:
Postar um comentário