Bebê dormia com a família no momento que cinco pessoas foram mortas.
Crime aconteceu em um galpão invadido no bairro Mangabeira na capital
Crime aconteceu em um galpão invadido no bairro Mangabeira na capital
Pai, mãe e filha se uniram para proteger um bebê de
um mês durante a chacina que aconteceu na madrugada desta sexta-feira (8) em um
galpão invadido no bairro Mangabeira em João Pessoa. Quatro mulheres e um homem
foram atingidos por tiros e morreram no local. Segundo a polícia, o galpão
também serve como ponto de venda de drogas. A polícia suspeita que uma das
mulheres mortas estava grávida, mas até as 10h15, a perícia ainda não havia
confirmado esta informação.
O pai do bebê, que não quis se identificar, disse
ao G1 que mora no
local há três anos e que no momento dos disparos só pensou em proteger a
família. “Eu me agarrei com o bebê. Eu, minha mulher e minha filha. A gente
ficou segurando para ela não se assustar com os tiros. Ela não chorou porque a
gente protegeu ela logo”, disse o pai do bebê de um mês.
Família protege bebê de um mês de
vida durante chacina em Mangabeira, em João Pessoa (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Antes funcionava no local a Superintendência de
Obras do Plano de Desenvolvimento da Paraíba. O galpão foi abandonado e hoje
serve de abrigo para várias famílias. De acordo com o coronel Lívio Sérgio
Delgado, comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar, os moradores contaram
que, no momento dos tiros, viram pessoas em duas motocicletas e em um carro. A
suspeita da polícia é que pelo menos cinco pessoas participaram da chacina. O
comandante disse que uma outra criança também dormia no local na hora do crime
e pela manhã uma avó esteve no galpão para resgatar o menino.
Pelas investigações, a polícia acredita que quatro
pessoas estavam bebendo no galpão quando os criminosos chegaram atirando. A
quinta vítima dormia em um dos cômodos, quando foi acordada e atingida pelos
tiros. Segundo o comandante, o galpão era utilizado como ponto de venda de
drogas. “Com as mulheres mortas a gente apreendeu drogas que estavam escondidas
nas partes íntimas”, disse Lívio Sérgio.
Os corpos foram encaminhados para Gerência
Executiva de Medicina e Odontologia Legal (Gemol) em João Pessoa. A polícia
acredita que o crime tenha sido motivado por conta da disputado por ponto de
venda de drogas.
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