Acusado
do estupro coletivo disse que grupo atacou sua casa.
Ministério Público e Polícia Civil investigam a informação.
A
segunda audiência de instrução do caso de Queimadas, no Agreste paraibano, em
que cinco mulheres foram estupradas e duas
delas assassinadas em fevereiro deste ano, aconteceu durante toda a
segunda-feira (18) no Fórum da cidade. E, de acordo com um dos promotores,
durante os depoimentos foi apontada a existência de um grupo de extermínio na
região. O Ministério Público e a Polícia Civil já estão investigando a
informação.
Segundo
o promotor Márcio Teixeira, o acusado Eduardo, apontado pela polícia e pelo MP
como o mentor de toda a ação, teria revelado a existência de um grupo de
extermínio que atuaria na região do Agreste. "Ele nega a versão do
Ministério Público [que o acusa de ser o mentor do estupro coletivo] e levantou
esta outra hipótese de que um grupo queria matá-lo e teria invadido a casa na
noite dos crimes. Ele disse que as meninas teriam sido mortas por esse
grupo".
Ainda
de acordo com ele, o MP já solicitou à Polícia Civil que fosse investigada a
informação. Ele acha que o grupo possa existir, mas que o acusado revelou isto
para desviar o foco da audiência. "De qualquer forma, já repassamos a
informação para o Delegado Regional de Campina Grande, André Rabello, que já
iniciou diligências e investigações", concluiu.
Eduardo
teria revelado detalhes de como funcionaria o esquema do grupo, mas as
informações não foram repassadas à imprensa para não atrapalhar nas
investigações da polícia. O promotor explicou que será feita uma investigação
paralela, que não terá influência no julgamento do processo que os acusados
estão respondendo.
Na
segunda-feira, o advogado de acusação, Félix Araújo, disse que uma testemunha
de defesa teria revelado que recebeu uma ligação dias antes da audiência. A
ligação teria sido de alguém de dentro do presídio orientando que o depoimento
incluísse a ação deste grupo citado pelo acusado.
O
promotor confirmou que a testemunha teria revelado o recebimento da ligação
durante a audiência. Ele disse que já acionou o Ministéio Público em João Pessoa
para cobrar respostas da direção do Presídio de Segurança Máxima PB 1, onde
estão detidos os sete acusados.
O
advogado de defesa no processo, Paulo de Tarso, disse que seu cliente nega ter
telefonado para testemunhas e que isso deve ser investigado. Tarso também
informou que, para a defesa, a probabilidade é de que haja condenação, visto
que as três vítimas sobreviventes reconheceram os réus em seus testemunhos
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