O abestecimento de Taperoá é feito pelo açude Manoel Marcionilo, que está com apenas um quarto de sua capacidade, colocando em risco de racionamento de água a população local.
A longa estiagem e a baixa nos
reservatório de água da Paraíba estão provocando situações bizarras. Em
Taperoá, o prefeito Deoclécio Moura Filho (sem partido) afirmou que não aceita
mais que carros-pipas, comandados pelo Exército Brasileiro, retirem água do
reservatório da cidade para abastecer outros municípios. O prefeito diz ainda
que se a situação persistir, ele vai convocar a população para atear fogo nos
pneus dos carros-pipas para impedir que deixem Taperoá levando a água.
O abestecimento de
Taperoá é feito pelo açude Manoel Marcionilo, que está com apenas um quarto de
sua capacidade, colocando em risco de racionamento de água a população local.
"Por isso não posso permitir que retirem nossa água para levar para outras
cidades", justificou o prefeito.
O
gestor explica que encaminhou oficio ao Exército, responsável pela
operação de distribuição de água por meio de carros-pipas, apresentando a
situação do reservatório de Taperoá e dos riscos que a popualção local corre se
o açude Manoel Marcionilo continuar sendo usado para abastecer outras cidades.
"É inadmissível que os taperoaenses enfrentem racionamento, enquanto
a água do açude da cidade é levada para outros municípios distantes",
reforça.
O
prefeito sugere que ao invés de tirar água de Taperoá, o Exército use os
reservatórios das cidades de Patos, Soledade, Barra ou de outra região que
disponha de um volume maior de água. Entretanto, segundo a Agência Executiva de
Gestão das Águas (Aesa), a maior parte dos 122 açudes monitorados na Paraíba já
não tem mais uma gota d’água.
Apesar da ameça de convocar a população
para defender a água da cidade à força, o prefeito diz que quer mesmo é mostrar
que não a água que tem é suficiente apenas para a própria população de Taperoá
e por isso quer impedir a retirada da água de maneira legal. Neste sentido, ele
disse que na semana que vem vai acionar o Ministério Público.
Enquanto isso...
O
deputado estadual Guilherme Almeida (PSC) está apelando aos colegas paraibanos
que compõem a bancada da Paraíba no Congresso Nacional para façam pressão junto
ao Governo Federal com relação à seca no Estado. A solicitação feita por meio
de requerimnto lembra que a seca prolongada já afeta 2,3 milhões de paraibanos,
sendo considerada a mais severa dos últimos 30 anos.
Guilherme
Almeida destacou a necessidade da união dos representantes em Brasília, uma vez
que 70% da população já sofrem com as consequências da seca. O que o
parlamentar quer é que o Governo Federal repasse mais recursos para ações
emergenciais inclua a Paraíba num planejamento anual para evitar que a
situação provocada pela estiagem ganhe as dimensões que ganharam neste ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário