Segundo o procurador geral
de Justiça do Estado, Oswaldo Trigueiro, há indícios de que os dois
ex-funcionários da Defensoria extorquiram pessoas físicas
André Herbert e Rodolfo
Cavalcanti
O Ministério Público da
Paraíba (MPPB) vai oferecer até a próxima segunda-feira (10), denúncia contra o
ex-coordenador da assessoria jurídica da Defensoria Pública do Estado (DPE),
André Herbert Cabral Borba, e o advogado Rodolfo Cavalcanti Dias, acusados de
extorsão e corrupção ativa contra uma instituição financeira. Os envolvidos,
que foram flagrados em um shopping de João Pessoa, em maio deste ano, continuam
presos.
“As investigações estão
se aprofundando e há indícios de que eles extorquiram pessoas físicas. Estamos
trabalhando para que até a próxima segunda (10), o Ministério Público formalize
denúncia contra os envolvidos ao Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB)”,
revelou o procurador geral de Justiça do Estado, Oswaldo Trigueiro.
De acordo com o
defensor público geral do estado, Vanildo Oliveira Brito, sindicâncias foram
abertas na Defensoria Pública e Procon-PB e estão apurando se os ex-servidores
cometeram fraudes contra empresas e pessoas físicas nos dois órgãos. “Até agora
não identificamos irregularidades nos dois órgãos públicos, mas as
investigações continuam”.
André Herbert e Rodolfo
Cavalcanti estão recolhidos em batalhões da Polícia Militar, conforme informou
Oswaldo Trigueiro. Segundo o MP, trechos das gravações telefônicas estão
anexados ao inquérito e reforçam os indícios de irregularidades que os
denunciados praticavam no órgão público. Segundo o delegado da Polícia Civil,
Aldrovilli Grisi, o servidor que ocupava cargo comissionado “era quem comandava
a quadrilha”. Está sendo investigado se André Herbert utilizava uma inscrição
falsa da OAB-PB para atuar como advogado.
O delegado Aldroville
Grisi, revelou que as investigações foram iniciadas em março deste ano, quando
um gerente de um banco renomado [o nome não foi revelado] denunciou o caso ao
Ministério Público da Paraíba (MPPB) que estava sendo vítima de suborno.
“Chegaram cinco multas na turma recursal do Procon-PB contra uma instituição
financeira e, obrigatoriamente, elas foram para encaminhadas para a Defensoria
Pública do Estado. Como André Herbert era o chefe da assessoria publica da
Defensoria, ele quem determinava a diminuição ou extinção das multas”.
Os ex-servidores da
Defensoria foram presos em flagrante no dia 16 de maio deste ano, dentre de um
shopping de João Pessoa, quando receberiam uma propina de R$ 30 mil referentes
a 10% de R$ 300 mil, que foi a multa aplicada a instituição financeira que atua
em vários estados. Em troca, os acusados entregavam um documento confirmando a
anulação da multa.
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