Portal Correio teve
acesso, neste sábado (12), ao depoimento do sacerdote onde ele relatou que a
ligação entre ele e o jovem era de amizade
Padre Jaildo Souto
O padre Jailson Souto,
que foi denunciado em fevereiro deste ano, por crime de pedofilia prestou
depoimento na Delegacia da cidade de Pitimbú, Litoral Sul paraibano, e negou
qualquer relação amorosa com o jovem, que na época era menor de idade. Segundo a Arquidiocese da Paraíba, três
padres já foram afastados de suas funções eclesiásticas por serem suspeitos de
abusar sexualmente de adolescentes.
O Portal Correio teve
acesso, neste sábado (12), ao depoimento do sacerdote onde ele relatou que a
ligação entre ele e o jovem era de amizade. O padre – durante duas horas –
disse que presta serviço à comunidade e ajuda pessoas carentes de Pitimbú.
Souto foi enfático ao negar o caso amoroso.
Segundo o delegado da
Polícia Civil, Elias José Rodrigues, que presidi o inquérito criminal, o caso
foi encaminhado ao Fórum da Comarca de Caaporã com os depoimentos das
testemunhas, vítima e suspeito.
“Devo estar recebendo o
processo novamente em 15 dias. O inquérito ainda não está concluído, mas em
breve vou encerrá-lo. Faltam ouvir mais pessoas. Até agora tenho apenas provas
testemunhais”, comentou o delegado.
A assessoria de
imprensa da Arquidiocese da Paraíba confirmou o afastamento do padre Jaildo
Souto, da Paróquia Nossa Senhora da Penha de França, de Taquara, em Pitimbú. O
sacerdote está suspenso de ordem, ou seja, impedido de realizar missas até a
conclusão do inquérito.
Conforme consta no
'termo de declaração' do jovem, que hoje está com 21 anos, o primeiro contato
sexual com o padre teria ocorrido em 2008, quando residia em Pitimbú. Ele era
menor de idade e o sacerdote teria lhe oferecido "bens valiosos em troca
de carícias".
“Eu residia no distrito
de Acaú, em Pitimbú, e conheci uma pessoa pelo MSN, onde as conversas eram
intencionais, com relação à sensualidade e ao sexo. Quatro meses depois, quando
comecei a frequentar a igreja, o padre se apresentou dizendo que era a pessoa
com quem conversa no MSN. No mesmo instante, fui convidado pelo padre a ir até
uma igreja de Pernambuco e, mesmo de menor, dirigi o carro. Daí, a gente
terminou dormindo em um motel, culminando com a relação sexual, porque ele
dizia que me daria algo em troca”, disse o jovem.
Apesar do fato ter
ocorrido em 2008, o delegado disse que, se for comprovado, o crime não
prescreve. “Como o caso ocorreu quando o rapaz era menor de idade, o fato não
prescreveu. O crime só passa a ter contagem da prescrição a partir do 18 anos”,
afirmou.
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