sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

ESCÂNDALO: Estado representa contra ex-gestor da Doca; ação judicial inclui ex-governador Cássio Cunha Lima

Procurador Gilberto Carneiro esclareceu que incluir o nome do ex-governador na representação foi uma exigência do Ministério da Pesca
PGE PB
A Procuradoria Geral do Estado ingressou com uma representação na Justiça contra o ex-superintendente da Companhia Docas da Paraíba, Eurípedes Melo, devido às irregularidades que alega ter constatado num convênio celebrado com o Ministério da Pesca, em 2005. Na ação, também está representado o ex-governador da Paraíba, o atual senador, Cássio Cunha Lima (PSDB). A informação foi divulgada no programa Correio debate da Rede Correio Sat.

Segundo o procurador do Estado, Gilberto Carneiro, o Governo está inscrito no Cadastro Único de Convênio do Governo Federal e no Sistema Integrado de Administração Financeira com inadimplências devido ao convênio, o que “prejudica o Estado, pois ele é impedido de receber as transferências dos recursos da União”. 

O procurador esclareceu que incluir o nome do ex-governador Cássio Cunha Lima na representação foi uma exigência do Ministério da Pesca. 

“O Ministério da Pesca exigiu que entrássemos com uma representação contra o ex-gestor do convênio (...) No nosso entendimento, quem é o ex-gestor é o presidente da Companhia Docas da época, era quem fazia todos os pagamentos. Essa representação é em face ao ex-superintendente da Docas, mas como o governador na época assinou o convênio, o Ministério entendeu que a responsabilidade também era do governador, mas esse foi entendimento do Ministério da Pesca, não foi nosso”. 

Gilberto Carneiro reforçou que Cássio Cunha Lima “não assinou nenhum empenho, não fez uma liquidação”, por isso não deve ser imputada a ele a responsabilidade pelo convênio. “Esse é um entendimento totalmente contrário à visão do Tribunal de Contas da União e quando essa representação chegar ao Ministério Público eu não tenho a menor dúvida de que o Ministério vai afastar o governador e imputar a responsabilidade apenas ao ex-gestor da Docas”, completou. 


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