Dedé foi vítima de tentativa de
assalto que por pouco não lhe tirou a vida
Um dos símbolos do Santa Cruz na
luta pelo acesso à Série B do Campeonato Brasileiro, conquistado no último
domingo, o volante Dedé, de 26 anos, é o tipo do jogador chamado de guerreiro
pela torcida. Para ele, não tem bola perdida. Com um semblante sério, caiu nas
graças dos torcedores e ganhou o apelido de Jason do Arruda. Fora dos gramados,
o cabeça de área também é marcado por uma história de superação: joga com uma
bala alojada no corpo.
Em 2008, quando voltava de carro
de um churrasco, em uma cidade próxima a Fortaleza, o jogador foi abordado por
quatro homens. Era uma tentativa de assalto. Os bandidos pediram para Dedé
parar o veículo, mas o volante resistiu e tentou passar pela barricada.
Imediatamente, os criminosos atiraram. Uma das oito balas que acertaram o carro
atingiu o volante. Por um fio, ele escapou da morte.
- Era um fim de semana. Estava
com a minha mulher no carro, voltando do sítio. Os bandidos chegaram,
metralharam o carro, e uma das balas perfurou o meu braço e acabou alojada
perto do pulmão - lembra o jogador, que atua até hoje com o projétil no corpo.
Dedé garante que não incomoda:
- Os médicos dizem que é perigoso
tirar a bala por ficar perto de um órgão tão vital, que daqui a alguns anos ela
pode sair pela pele. Estou esperando isso já há algum tempo. Por enquanto, jogo
com ela. Não sinto nada. A não ser no frio, que dá uma dorzinha - diz Dedé, com
bom humor.
Estar vivo, para quem passou por
uma expriência tão dramática, já é motivo de comemoração. E são as comemorações
que estão marcando a temporada de Dedé em 2013. Em março, ele conquistou a Copa
do Nordeste com o Campinense, e foi eleito o melhor jogador de sua posição. No
último domingo, garantiu com o Santa Cruz o acesso à Série B do Brasileiro.
- Está sendo um ano mais do que
especial. Agora, quero conquistar a Série C com o Santa para fechar a temporada
com chave de ouro - finalizou.
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