Fecomércio projeta crescimento de até 5% nas vendas com
festividades de final de ano; só em João Pessoa devem ser criadas 1.500
oportunidades
Cerca de cinco mil empregos diretos podem ser criados no
comércio da Paraíba, tendo em vista as vendas para o Natal e Réveillon, segundo
estimativa da Federação do Comércio Bens Serviços e Turismo da Paraíba
(Fecomércio-PB). A entidade projeta um crescimento de até 5% nas vendas, em
comparação com o período do ano passado. Para o Brasil, a Confederação Nacional
do Comércio (CNC) estima 138,7 mil vagas de final de ano.
O presidente da Fecomércio-PB, Marconi Medeiros, explicou
que, das quatro mil vagas, cerca de 1.500 vagas serão criadas em João Pessoa e
o restante nos demais municípios, com destaque para Campina Grande, Patos,
Guarabira, Sousa e Cajazeiras. Segundo ele, a previsão de efetivação é entre
40% e 50% a partir de janeiro de 2015. As contratações e treinamentos já
começam em outubro, e o auge será em novembro.
Marconi Medeiros atribui a necessidade das contratações ao
aumento da cadeia de consumo, com o crescimento da população e da renda, que
ocorrem a cada ano, principalmente na classe média, provocando o aumento das
vendas e da necessidade de mais mão de obra para bem atender aos clientes.
“Este ano deveremos ter um crescimento entre 3% e 5% nas
vendas, podendo ser maiores em setores isolados, de forma que o impacto nas
lojas leva a uma necessidade de mais cerca de cinco mil empregos diretos”,
disse o presidente.
Calçados e vestuários
Sobre os setores que mais contratarão e efetivarão, ele
destacou que “serão calçados e vestuários - masculinos e femininos, que, por
sinal, são os campeões em vendas, seguidos de móveis, eletrodomésticos e
eletrônicos”.
No Brasil
Dados da CNC indicam que a demanda sazonal por emprego no
comércio varejista deverá levar o setor a oferecer 138,7 mil vagas de final de
ano em 2014, número que corresponde a uma expansão de 0,8% em relação às vagas
temporárias criadas para o Natal do ano passado, segundo estimativa da
entidade. De acordo com os dados mais recentes do Caged, o comércio varejista
acumula um saldo negativo de 78,2 mil postos de trabalho de janeiro a julho
deste ano.
Portanto, assim como no ano passado, caberá ao emprego
temporário de final de ano a reversão do déficit de vagas em 2014. A temporada
de contratação compreende os meses de setembro, outubro e, principalmente,
novembro, mês que costuma concentrar 65% das contratações temporárias de final
de ano.
O Natal é a principal data comemorativa do varejo, com
previsão de movimentação financeira de R$ 32,5 bilhões em 2014 – 3,0% a mais
que no Natal do ano passado em termos reais, segundo estimativas da própria
Confederação. Em 2013, as vendas natalinas cresceram 5,1%. Os maiores aumentos
de vendas deverão ocorrer nos segmentos de farmácias e perfumarias (6,9%) e
artigos de usos pessoal e doméstico, como eletrônicos, brinquedos e material
esportivo (7,5%).
Com previsão de criação de 67,6 mil vagas, o ramo de
vestuário e calçados deverá responder por quase metade (48,7% do total) das
vagas a serem criadas no varejo no final de ano.
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