quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Bancários preveem negociação demorada; 1º dia de greve fechou 85% das agências

Marcos Henriques afirmou que intenção da categoria é de que a greve seja a menos traumática possível para a população
Presidente do Sindicato dos Bancários da PB
Falta de envelopes para depósito, caixas de autoatendimento sem dinheiro e a cobrança de juros em cima das contas que tenham vencido durante o período de greve preocupa a população. Essas foram as questões respondidas pelo presidente do Sindicato dos bancários na Paraíba, Marcos Henriques, em entrevista ao jornalista Hermes de Luna, âncora do programa 27 segundos,da RCTV (canal 27 da Net digital).

Marcos Henriques afirmou que cerca de 84% das agências que abrangem o Sindicato dos Bancários da Paraíba aderiram ao movimento grevista. Ele disse a intenção da categoria é de que a greve seja a menos traumática possível para a população.

Segundo Marcos Henriques, a culpa da greve não pode ser atribuída aos trabalhadores, já que os banqueiros não sinalizaram com uma proposta de aumento salarial que tenha agradado a categoria. Marcos informou que o pleito era de um aumento em 12,5%, mas a proposta oferecida pelos bancos foi de 7,35%. “Na última rodada de negociação, no sábado, nos tivemos um proposta que não chegou a 1% de ganho real em cima da antiga proposta. Nas negociações não foram falados de empregos, temos um déficit tremendo de trabalhadores nos bancos públicos e privados”, afirmou.

O presidente do sindicato dos bancários denunciou a situação vivida pela categoria quando o assunto é o alcance de metas estabelecidas pelos bancos, na qual ele considera como excessivas.”Atualmente o bancário esta sitiado por uma política que cobra metas inatingíveis e isso tem gerado cobranças excessivas nos funcionários. Temos relatos de funcionários que recebem mais de 10 mensagens por hora no celular alertando para o cumprimento das metas. Alguns bancários chegam a tomar remédios todos os dias para conseguir trabalhar”, disse.

Com relação ao serviço ao consumidor, Marcos lembrou que o Ministério Público Estadual conseguiu uma liminar que diz que nenhum correntista terá cheque devolvido ou os usuários serão prejudicados pela greve no que diz respeito à cobrança de juros, já que os bancos que desrespeitarem a liminar terão multa que varia de R$ 50 mil a R$ 500 mil.

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