sexta-feira, 8 de maio de 2015

Justiça mantém presa, por injúria racial, mulher que chamou menor de "nego" e "macaco"

Defesa da acusada pediu habeas corpus e absolvição, discordando de toda a ação judicial. Porém, o relator do processo, Arnóbio Alves Teodósio, no voto, ressaltou que há provas suficientes
Tribunal de Justiça da Paraíba
A justiça decidiu manter presa uma mulher acusada de injúria racial por ter chamado uma criança de 12 anos, em 2012, de “nego safado”, “marginal” e “macaco”, em Campina Grande. A solicitação de habeas corpus foi negada pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba, em sessão realizada na tarde dessa quinta-feira (7). Ela foi condenada pelo crime de injúria racial.

Segundo consta no processo, no dia 12 de janeiro de 2012, no bairro da Bela Vista, houve uma discussão entre a família da vítima e da denunciada. A mãe do menor agredido verbalmente se encontrava em frente de casa, quando entrou em atrito com o pai da denunciada, hora em que se iniciaram os xingamentos. Ao tentar proteger o filho, a denunciada acabou ofendendo a dignidade do menor com elementos referentes a cor dele.

A defesa da acusada pediu habeas corpus e absolvição, discordando de toda a ação judicial. Porém, o relator do processo, Arnóbio Alves Teodósio, no voto, ressaltou que há provas suficientes de que ela cometeu crime de injúria racial e não aceitou o pedido do advogado.

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