Secretário geral do
Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos da Paraíba disse que
movimento grevista ocorre em todo o estado e será feito um trabalho de
convencimento para novas adesões
Greve ocorre em todo o
estado e segue movimento nacional
Em assembleia realizada
na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos da Paraíba, em
João Pessoa, na noite desta terça-feira (15), os servidores decidiram entrar em
greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (16), em todo o
estado.
Segundo o secretário
geral do Sintect-PB, Emanuel de Sousa, a greve deverá paralisar cerca de 70%
dos 1.580 servidores dos Correios na Paraíba e atingirá todas as 205 agências.
“A partir desta quarta
passaremos a fazer um trabalho de convencimento nas agências para que aqueles
que não participaram da assembleia possam aderir ao movimento, que é nacional”,
disse Emanuel, que também informou que serão feitas reuniões diárias na sede do
Sintect, sempre às 17h, para tratar sobre a paralisação.
O representante do
sindicato revelou que não existe a obrigatoriedade de manter ofícios da empresa
em funcionamento, visto que não se caracterizam como serviços essenciais, mas
nem tudo deve ser paralisado. “Sabemos que geralmente 30% dos funcionários não
participam do movimento grevista, principalmente nas áreas administrativas”,
contou o secretário geral.
Ele revelou que, em
média, 400 mil objetos deixam de ser entregues diariamente no estado, quantia
que soma, em média, quatro toneladas.
“A categoria reivindica
12% de reposição da inflação, aumento de R$ 300 no salário, vale-alimentação de
R$ 40 e vale-cesta, relativa a cesta básica, no valor de R$ 350”, explicou.
Emanuel de Sousa disse
que a direção nacional dos Correios não apresentou reajustes como
contraproposta, tendo recomendado R$ 150 de gratificação de incentivo à
produtividade em agosto e R$ 50 em janeiro, o que não é aceito pela categoria.
O sindicalista também
comentou sobre os cortes anunciados nessa segunda-feira (14) pelo governo
federal, fato que afetou diretamente alguns movimentos de greve de servidores.
Conforme Emanuel, as medidas não têm tanto impacto sobre os trabalhadores dos
Correios, pois estes são regidos pelo regime celetista. O único ponto de
discordância é referente à ausência de concursos federais em 2016, pois
existiria a necessidade de novas contratações.
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