Aesa já havia divulgado
que as áreas mais afetadas pela estiagem devem receber um volume maior de
chuvas até o final do primeiro semestre de 2014
Cajazeiras comemora,
mas chuvas ainda são poucas
As cidades do Sertão da
Paraíba continuam registrando chuvas fortes. Na noite de segunda e na madrugada
de terça-feira (11), Cajazeiras, a 468 km de João Pessoa, teve 75,2 mm de
pluviometria, o mais alto nessas 24 horas.
Em 11 dias, choveu 132
mm em Cajazeiras, mas isso não foi suficiente para aliviar a situação do
abastecimento na cidade.
Os açudes Engenheiros
Ávidos e Lagoa do Arroz, que abastecem a região daquele município, têm 29,4 e
10,7 milhões de metros cúbicos, dos 255 e 80,2 milhões, que representam apenas
11,5% e 13,3% da capacidade, respectivamente.
Municípios como Bom
Sucesso (108,6 mm), Coremas (108 mm), Manaíra (129,2 mm), Monte Horebe (105,4
mm), São José de Piranhas (144,2 mm), São José de Princesa (153,6 mm) e
Teixeira (100 mm) tiveram os maiores índices pluviométricos durante os dez
primeiros dias de março.
Dessas localidades,
entre os açudes que estão em melhores condições estão o que abastece Tavares,
que tem 6,7 milhões de metros cúbicos, igual a 79,4% dos 9 milhões de metros
cúbicos totais; Manaíra com 6,8 milhões
de metros cúbicos, o que é 64,9% da capacidade total de 10,5 milhões; Diamante,
onde o Vazante tem 5,5 milhões, 60,8% dos 9,09 milhões de espaço total; e São
José de Piranhas, onde o açude São José 1 tem 1,7 milhão de metros cúbicos, o
que corresponde a 54,6% dos 3,05 milhões de capacidade total.
Cerca de 10
reservatórios operam com capacidade que varia de 40 a 50% do espaço total. Em
torno de 40 açudes têm de 10 a 40% de volume; 15 estão com pouco mais de 0 e
menos de 5% do volume total e pelo menos 20 estão completamente secos.
Segundo a
meteorologista da Agência Executiva de Gestão das Águas, Marle Bandeira, março,
abril e maio são os períodos chuvosos do Sertão e Cariri do estado, portanto
espera-se que durante esses meses as cidades dessas regiões apresentem melhoras
na situação de armazenamento em açudes e abastecimento de água, bem como na
agricultura.
Apesar disso, ela disse
que essas chuvas ocorrem de forma irregular e em pontos isolados, mesmo que
muito próximos. Sobre os açudes, Marle falou que “só é possível afirmar se as
chuvas serão suficientes para encher os mananciais quando é feita a previsão
com 24 horas de antecedência”, explicando que não dá para afirmar se os
reservatórios vão encher em três meses, devido à irregularidade das chuvas.
A Aesa já havia
divulgado que as áreas mais afetadas pela estiagem devem receber um volume
maior de chuvas até o final do primeiro semestre de 2014.
Quanto à previsão para
as próximas horas, Marle Bandeira informou que podem ocorrer chuvas isoladas em
todas as regiões do estado, principalmente no final da tarde e início da noite.
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