I
Aonde hoje eu trabalho
Tem obras que me estimam.
Como nessa revista “Conviver” que
conta um pouco da história
Do grande mestre Luiz Gonzaga e de Ronaldo
Cunha Lima.
II
Eu acho que quando nascemos
Cada um já traz sua sina.
Luiz Gonzaga nos animou muito com
forró
E Ronaldo, além de bom político era
um mestre em rima.
III
Tem muitas pessoas que na vida
Acham que o mundo é só vaidade.
Porém eu prefiro o título da Revista
Conviver que diz:
“100 LUIZ GONZAGA – MAIS DE 40 LÉGUAS
DE SAUDADE”.
IV
É uma edição comemorativa
Ao Centenário do Rei do Baião.
Ele que muito animou e ainda anima
Nossa tradicional noite
de São João.
V
Como seria ótimo para
todos nós
Se a vida fosse só
festa, abraços e apertos de mão.
Mas sabemos que não é.
Então vamos viver o
presente tendo boa recordação.
VI
Também não posso esquecer-me
do casal que me deu a vida
E cuidou da minha
humilde educação.
Lembro e choro todos os
dias sentindo falta
Da minha velhinha Amara e do meu negrinho
Napoleão.
VII
Em boa parte da nossa vida
Temos que sorrir e abraçar dependendo
da situação.
Mas a tristeza e a saudade
Ficam nos matando caladas machucando
nosso coração.
VIII
Como seria ótima para cada um de nós
Se quem já se foi pudesse voltar de
novo.
Era tudo de bom receber outros
carinhos dos meus pais
E dançar forró tocando por Luiz
Gonzaga lá no Parque do Povo.
IX
Dando sequência ao meu trabalho
Hoje fiz a tradicional limpeza.
Lavei toalha, flanelas e passei no
chão o pano.
Assim como botei água nas plantas
contribuindo um pouco com a mãe natureza.
X
Mesmo assim todo dia agradeço a Deus
Por tudo que ele já tem me dado.
Ouço, falo, vejo e ando.
E sou muito feliz por ter tido a
oportunidade de ter um pouco estudado.
XI
Prefiro que me chamem de bobo
Porque choro, brinco e dou risadas
olhando para o futuro e lembrando o passado.
Triste deve ser para as pessoas que
procuram prejudicar outros
Usando seu jeito de um ser malvado.
XII
Chego ao trabalho de 08hs e
saio de 12hs.
Começo espanando. Depois varrendo e
por último vem o pano molhado.
Chegando alguém para alguma obra ver
Eu ainda atendo e fico feliz por ter
a ela ajudado.
XIII
Tem pessoas que adoram as salas modernas
Com suas cadeiras fofas e aquele frio
do ar condicionado.
Na maioria das vezes só ficam nelas
passando o tempo
Porque não sabem fazer nada, além de
ser um mal educado.
XIV
Para as percas e as decepções
Ninguém nunca está preparado.
Tem pessoas que hoje se acha todo
importante
E na maioria das vezes esquece-se de quem
um dia já tenha lhe ajudado.
XV
Aqui vou encerrando mais um simples
trabalho.
Desculpe-me quem não gostou e tem o
desejo de sempre me ver castigado.
Não ligo que me chamem de faxineiro.
É melhor do que viver no mundo
isolado.
Quando for me dá um abraço.
Dê daquele bem aconchegante e
apertado.
Aqui deixo meus sinceros parabéns
para quem trabalha.
Assim como todo meu carinho para quem
já é aposentado.
Autor: José de Arimateia Bezerra de
Lima.
São João do Cariri, em 12 de
Fevereiro de 2019.
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