terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

ELES QUE JÁ SE FORAM AINDA ME ESTIMAM



I
Aonde hoje eu trabalho
Tem obras que me estimam.
Como nessa revista “Conviver” que conta um pouco da história
Do grande mestre Luiz Gonzaga e de Ronaldo Cunha Lima.

II
Eu acho que quando nascemos
Cada um já traz sua sina.
Luiz Gonzaga nos animou muito com forró
E Ronaldo, além de bom político era um mestre em rima.

III
Tem muitas pessoas que na vida
Acham que o mundo é só vaidade.
Porém eu prefiro o título da Revista Conviver que diz:
“100 LUIZ GONZAGA – MAIS DE 40 LÉGUAS DE SAUDADE”.

IV
É uma edição comemorativa
Ao Centenário do Rei do Baião.
Ele que muito animou e ainda anima
Nossa tradicional noite de São João.

V
Como seria ótimo para todos nós
Se a vida fosse só festa, abraços e apertos de mão.
Mas sabemos que não é.
Então vamos viver o presente tendo boa recordação.

VI
Também não posso esquecer-me do casal que me deu a vida
E cuidou da minha humilde educação.
Lembro e choro todos os dias sentindo falta
 Da minha velhinha Amara e do meu negrinho Napoleão.

VII
Em boa parte da nossa vida
Temos que sorrir e abraçar dependendo da situação.
Mas a tristeza e a saudade
Ficam nos matando caladas machucando nosso coração.

VIII
Como seria ótima para cada um de nós
Se quem já se foi pudesse voltar de novo.
Era tudo de bom receber outros carinhos dos meus pais
E dançar forró tocando por Luiz Gonzaga lá no Parque do Povo.

IX
Dando sequência ao meu trabalho
Hoje fiz a tradicional limpeza.
Lavei toalha, flanelas e passei no chão o pano.
Assim como botei água nas plantas contribuindo um pouco com a mãe natureza.



X
Mesmo assim todo dia agradeço a Deus
Por tudo que ele já tem me dado.
Ouço, falo, vejo e ando.
E sou muito feliz por ter tido a oportunidade de ter um pouco estudado.

XI
Prefiro que me chamem de bobo
Porque choro, brinco e dou risadas olhando para o futuro e lembrando o passado.
Triste deve ser para as pessoas que procuram prejudicar outros
Usando seu jeito de um ser malvado.  

XII
Chego ao trabalho de 08hs e saio de 12hs.
Começo espanando. Depois varrendo e por último vem o pano molhado.
Chegando alguém para alguma obra ver
Eu ainda atendo e fico feliz por ter a ela ajudado.

XIII
Tem pessoas que adoram as salas modernas
Com suas cadeiras fofas e aquele frio do ar condicionado.
Na maioria das vezes só ficam nelas passando o tempo
Porque não sabem fazer nada, além de ser um mal educado.

XIV
Para as percas e as decepções
Ninguém nunca está preparado.
Tem pessoas que hoje se acha todo importante
E na maioria das vezes esquece-se de quem um dia já tenha lhe ajudado.

XV
Aqui vou encerrando mais um simples trabalho.
Desculpe-me quem não gostou e tem o desejo de sempre me ver castigado.
Não ligo que me chamem de faxineiro.
É melhor do que viver no mundo isolado.
Quando for me dá um abraço.
Dê daquele bem aconchegante e apertado.
Aqui deixo meus sinceros parabéns para quem trabalha.
Assim como todo meu carinho para quem já é aposentado.

Autor: José de Arimateia Bezerra de Lima.
São João do Cariri, em 12 de Fevereiro de 2019.

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