Em mortes, a Paraíba
contabiliza sete casos em investigação, nos municípios de João Pessoa (4),
Campina Grande (1), Puxinanã (1) e Camalaú (1)
Remédio indicado só
pode ser vendido com receita
Os recentes casos de
morte e de pessoas com suspeita de infecção por H1N1 em diversos municípios da
Paraíba têm deixado a população assustada. Segundo a Secretaria de Saúde da
Paraíba, o estado tem 34 casos notificados como suspeita da infecção, sendo
quatro descartados e outros 30 em investigação. Em mortes, a Paraíba
contabiliza sete casos em investigação, nos municípios de João Pessoa (4),
Campina Grande (1), Puxinanã (1) e Camalaú (1). Abaixo, o Portal Correio lista
os sintomas da doença, como é feito o diagnóstico, o tratamento e como os paraibanos
podem se prevenir do vírus. Os dados foram repassados nessa sexta-feira (8).
Os primeiros casos da
gripe H1N1, tratada como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), no Estado
foram registrados no fim do mês de março, em duas mulheres que estavam
internadas em Campina Grande. A confirmação da doença foi feita através de
exames de coleta da saliva das pacientes, que foram enviadas para laboratório.
Após isso, os
municípios de João Pessoa, Esperança, Soledade, Puxinanã, Cajazeiras, Monteiro,
Congo, Guarabira e Camalaú também registraram casos suspeitos da gripe através
de notificação.
De acordo com a
Secretaria de Saúde do Estado, os pacientes com sintomas de H1N1 relatam
aparecimento súbito de febre alta (acima dos 38°C), dor de cabeça, dores
musculares, tosse, dor de garganta e cansaço. Já os casos mais graves
apresentam, além dos primeiros sintomas, dificuldade respiratória, com necessidade
de hospitalização para tratamento.
Diagnóstico demora até
cinco dias
Para que um paciente
seja confirmado com a doença, ele passa por coleta de exames laboratoriais de
rotina e específicos, como secreção da nasofaringe. Após a coleta, o material é
enviado ao Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB) e
encaminhado ao Instituto Evandro Chagas, que fica no Pará, local tido como
referencial para a Paraíba.
No Instituto Evandro
Chagas, o material passa por uma cultura e, a partir disso, é feito o
diagnóstico, positivo ou negativo, para H1N1. Porém, o diagnóstico pode levar
em torno de cinco dias, entre o envio, recebimento e análise do material, para
ser dado.
Tratamento é feito à
base de antiviral
Segundo a Saúde do
Estado, a Paraíba possui três unidades sentinelas (a UPA Oceania, o Hospital
Municipal do Valentina e o Hospital Edson Ramalho, ambos em João Pessoa) que
são responsáveis nos atendimentos de rotina de casos de H1N1.
Ainda segundo a Saúde,
todos os pacientes que apresentarem os sintomas da doença devem se dirigir aos
serviços de saúde para avaliação do quadro clínico.
O tratamento para casos
suspeitos de H1N1 não depende, de acordo com a Saúde do Estado, da confirmação
da doença através de exames. Em casos suspeitos, os pacientes passam por
administração do Tamiflu, que é um antiviral indicado para combater os sintomas
a doença desde a pandemina registrada em 2009.
O Tamiflu tem venda
liberada nas farmácias, mas o paciente precisa de autorização médica, através
de receita, para adquiri-lo.
Prevenção
A prevenção, segundo a
Saúde do Estado, deve ser feita pela própria população, já que o vírus da
doença circula facilmente.
Os principais cuidados
a serem tomados são: lavar bem as mãos com água e sabão antes das refeições,
após tossir ou espirrar; cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao
tossir ou espirrar; não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso
pessoal; não levar mãos sujas aos olhos, nariz ou boca; e realizar higienização
das mãos, com álcool gel.
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