segunda-feira, 11 de abril de 2016

PB tem 30 casos suspeitos de H1N1 em 10 cidades; veja sintomas e tratamento

Em mortes, a Paraíba contabiliza sete casos em investigação, nos municípios de João Pessoa (4), Campina Grande (1), Puxinanã (1) e Camalaú (1)
Remédio indicado só pode ser vendido com receita

Os recentes casos de morte e de pessoas com suspeita de infecção por H1N1 em diversos municípios da Paraíba têm deixado a população assustada. Segundo a Secretaria de Saúde da Paraíba, o estado tem 34 casos notificados como suspeita da infecção, sendo quatro descartados e outros 30 em investigação. Em mortes, a Paraíba contabiliza sete casos em investigação, nos municípios de João Pessoa (4), Campina Grande (1), Puxinanã (1) e Camalaú (1). Abaixo, o Portal Correio lista os sintomas da doença, como é feito o diagnóstico, o tratamento e como os paraibanos podem se prevenir do vírus. Os dados foram repassados nessa sexta-feira (8).

Os primeiros casos da gripe H1N1, tratada como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), no Estado foram registrados no fim do mês de março, em duas mulheres que estavam internadas em Campina Grande. A confirmação da doença foi feita através de exames de coleta da saliva das pacientes, que foram enviadas para laboratório.

Após isso, os municípios de João Pessoa, Esperança, Soledade, Puxinanã, Cajazeiras, Monteiro, Congo, Guarabira e Camalaú também registraram casos suspeitos da gripe através de notificação.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, os pacientes com sintomas de H1N1 relatam aparecimento súbito de febre alta (acima dos 38°C), dor de cabeça, dores musculares, tosse, dor de garganta e cansaço. Já os casos mais graves apresentam, além dos primeiros sintomas, dificuldade respiratória, com necessidade de hospitalização para tratamento.

Diagnóstico demora até cinco dias

Para que um paciente seja confirmado com a doença, ele passa por coleta de exames laboratoriais de rotina e específicos, como secreção da nasofaringe. Após a coleta, o material é enviado ao Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB) e encaminhado ao Instituto Evandro Chagas, que fica no Pará, local tido como referencial para a Paraíba.

No Instituto Evandro Chagas, o material passa por uma cultura e, a partir disso, é feito o diagnóstico, positivo ou negativo, para H1N1. Porém, o diagnóstico pode levar em torno de cinco dias, entre o envio, recebimento e análise do material, para ser dado.

Tratamento é feito à base de antiviral

Segundo a Saúde do Estado, a Paraíba possui três unidades sentinelas (a UPA Oceania, o Hospital Municipal do Valentina e o Hospital Edson Ramalho, ambos em João Pessoa) que são responsáveis nos atendimentos de rotina de casos de H1N1.

Ainda segundo a Saúde, todos os pacientes que apresentarem os sintomas da doença devem se dirigir aos serviços de saúde para avaliação do quadro clínico.

O tratamento para casos suspeitos de H1N1 não depende, de acordo com a Saúde do Estado, da confirmação da doença através de exames. Em casos suspeitos, os pacientes passam por administração do Tamiflu, que é um antiviral indicado para combater os sintomas a doença desde a pandemina registrada em 2009.

O Tamiflu tem venda liberada nas farmácias, mas o paciente precisa de autorização médica, através de receita, para adquiri-lo.

Prevenção

A prevenção, segundo a Saúde do Estado, deve ser feita pela própria população, já que o vírus da doença circula facilmente.

Os principais cuidados a serem tomados são: lavar bem as mãos com água e sabão antes das refeições, após tossir ou espirrar; cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar; não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal; não levar mãos sujas aos olhos, nariz ou boca; e realizar higienização das mãos, com álcool gel.


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