A mãe da criança de 5
anos morta na cidade de Sumé, no Cariri da Paraíba, deu depoimento à polícia
nesta sexta-feira (16) e detalhou como tudo ocorreu. Segundo ela, os suspeitos
riram durante a ação. Ela falou também que o menino 'ciscava' enquanto era esfaqueado.
“Um homem o agarrou
pelas costas e o padrasto o golpeou de faca e colocou a bacia em baixo pra
tirar o sangue. Eu ainda vi ele 'ciscando', todo mundo ficava rindo.” disse mãe
da criança de cinco anos, que assumiu a participação na morte da criança.
A criança foi
encontrada morta na manhã da terça-feira (13) em um matagal na cidade de Sumé,
no Cariri paraibano. A mãe confessou a participação do assassinato durante
depoimento à polícia na sexta-feira (16), em João Pessoa, depois que soube da
confissão de um outro suspeito do crime. Ela ainda admitiu que a irmã da
criança, que tem sete anos de idade, também seria morta.
Segundo a mãe, o menino
foi para uma área conhecida como boqueirão, onde foi morto. Chegando ao local,
ela contou que ficou sentada, enquanto taparam a boca da criança e um dos
suspeitos o agarrou pelas costas. Nesse momento, o padrasto do menino, desferiu
um golpe de faca e esperou que todo o sangue da criança caísse eu uma bacia.
Depois, foi aberto o tórax da criança e decepado o órgão genital. Segundo a
mãe, durante toda a ação os envolvidos ficavam rindo, o que demonstra, de acordo com o delegado Paulo Ênio, a mente
doentia dos suspeitos.
“Eles enganaram o
menino para matá-lo. Ele não teve medo porque estava perto da mãe. Foi tudo
planejado por mentes doentias. Ela mesma enganou a polícia desde o início,
mentindo muito”, disse o delegado.
Outro detalhe do relato
é que a suspeita falou que o padastro da criança e outro homem suspeito de
participar do crime eram acostumados a fumar crack juntos.
Sangue da criança
Segundo o delegado
Paulo Ênio, a polícia investiga agora qual a motivação da morte da criança.
“Durante o depoimento, a mãe afirmou que suspeitava que o sangue do menino iria
ser oferecido e não bebido. Por isso, é provável, que haja mais pessoas
envolvidas no caso”, relatou.
Um dos indícios
investigados pela Polícia é o fato do suspeito preso na sexta-feira (16), ter
viajado logo após o crime, quando ele pode ter levado o sangue para algum
lugar. A hipótese ainda não foi confirmada pela polícia, mas as investigações
continuam e o suspeito deve ser ouvido na segunda-feira (19), quando mais
provas forem reunidas.
A criança de 5 anos foi
encontrada na manhã da terça-feira (13) em um matagal na cidade deSumé, no
Cariri paraibano. Segundo a polícia, a mãe e o padrastro da criança, além de um
outro suspeito teriam participado do crime. A afirmação é do delegado Paulo
Ênio, que investiga o caso e chegou a esta versão após a prisão de um quinto
suspeito, de 41 anos. Ele teria confessado o crime na manhã desta sexta-feira
(16). Segundo o depoimento do suspeito ao delegado, o menino foi morto durante
um ritual de sacrifício.
Ainda conforme
informações de Paulo Ênio, o homem que foi preso nesta sexta-feira contou que a
criança foi abordada no meio da rua quando seguia para a casa da avó. A
intenção dos suspeitos era capturar o menino e a irmã de 7 anos, mas ela
conseguiu chegar à residência da avó.
Segundo o delegado,
nenhum dos suspeitos tinha advogado até a manhã desta sexta-feira e ele ainda
aguarda que a defesa seja constituída.
"Este homem que
confessou tudo, o padrasto, a mãe e o vizinho que está preso pegaram a criança
e levaram ela até um riacho, onde fizeram todo o ritual de sacrifício. O menino
foi banhado e, usando uma faca de seis polegadas, o padrasto abriu o tórax da
criança. O que leva a crer que foi um ritual de magia negra é que o pênis da
vítima foi decepado", explicou o delegado Paulo Ênio.
O delegado ainda
esclarece que o homem com problemas mentais, que era apontado como um dos
suspeitos, não tinha nada a ver com o caso e era inocente. Ele foi encontrado
morto na noite da quinta-feira (15) dentro de uma cela no Complexo
Penitenciário de Jacarapé, conhecido como PB1 e PB2, em João Pessoa.
"O padrasto mentiu
em seu depoimento quando disse que viu o deficiente mental próximo ao corpo da
criança no matagal. O padrasto queria colocar a culpa neste homem, mas quando
viu que a versão deles estava caindo por terra, resolveu estrangular ele dentro
da cela", contou.
A Secretaria de Estado
da Administração Penitenciária (Seap) informou por meio de nota à imprensa que
o homicídio aconteceu na noite da quinta-feira. Os agentes de plantão foram
acionados na madrugada desta sexta-feira, pouco depois da meia-noite, e logo
após constatarem o ocorrido na cela 6 do pavilhão 3 do PB2, o Samu foi
acionado, sendo confirmada a morte. Depois disso, a direção da unidade acionou
a Delegacia de Homicídios. A investigação do caso também está sendo acompanhada
pela Gerência do Sistema Penitenciário (Gesipe).
Ainda não foi
confirmado qual era o intuito dos suspeitos em fazer este suposto ritual. De
acordo com o delegado, apenas esta parte do crime ainda não foi solucionada,
mas em relação à autoria do crime tudo está desvendado.
O homem preso nesta
sexta-feira contou à polícia que foram usados no crime a faca, uma maquita, um
tipo de serra utilizada para cortar cerâmica e um balde. "Em 15 anos como
policial, eu nunca tinha conhecido pessoas tão frias como essas", afirmou
o delegado.
Linhas de investigação
Inicialmente, a polícia
trabalhava com três linhas de investigação. Uma das hipóteses era de que a
criança teria sido assassinada durante um ritual macabro, em que o padrasto
possivelmente estaria envolvido. O delegado dizia que o padrasto teria
envolvimento com pessoas que trabalham com esse tipo de ritual.
Outra hipótese
levantada pela polícia era de que um dos detidos, que era vizinho e amigo do
padrasto da criança, teria assassinado o menino por vigança, já que ele teria
sido preso após um depoimento da mãe da criança.
Uma terceira hipótese
envolvia a família, a mãe, o padrasto e esse amigo do padrasto. Anteriormente,
a mãe desse menino foi testemunha de um caso em que esse amigo foi preso e ele
disse que queria se vingar e a criança teria sido morta para fazer um mal à
mãe.
O homem que foi morto
na quinta-feira (15) era um deficiente mental que morava na cidade e foi visto
por testemunhas próximo à criança no momento do desaparecimento e também quando
o corpo foi encontrado.
G1PB
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