Bancários de Campina e
região encerram greve e voltam ao trabalho nesta 3ª feira
Os bancários de Campina
Grande e região decidiram encerrar a greve que acontecia desde o dia 6 de
outubro e voltam ao trabalho nesta terça-feira (27).
A decisão foi tomada
nesta segunda-feira (26) durante a assembleia do Sindicato dos Bancários de
Campina Grande e Região.
Durante a assembleia, a
categoria aceitou a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de 10%
de reajuste salarial e 14% de aumento no vale refeição e na cesta alimentação.
O fim da greve foi uma
orientação do comando nacional de greve, acatada pela maioria dos trabalhadores
presentes na assembleia de Campina Grande.
Com a decisão, o
expediente acontece normalmente a partir desta terça-feira nos bancos das
cidades de Campina Grande, Pocinhos, Soledade, Juazeirinho, Taperoá, Ingá,
Fagundes, Queimadas, Aroeiras, Boqueirão, Cabaceiras, Umbuzeiro, Lagoa Seca,
Esperança, Remígio, Cuité, Arara e Areia.
“Fizemos uma greve boa,
apesar das dificuldades. O resultado foi alcançado graças à pressão dos
trabalhadores, que com forte mobilização conseguiram arrancar da Fenaban a
reposição da inflação, diante da proposta inicial de 5,5% de reajuste para 7,5%
e, depois, para 8,75%”, disse o presidente do sindicato, Rostand Lucena.
Pauta
O movimento grevista
nacional dos bancários reinvindicava um reajuste salarial de 16%, que abrangia
a reposição da inflação e um ganho real de 5,7%.
Eles ainda pediam
Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 7.246,82,
piso salarial de R$ 3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em
valores de junho), Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os
bancários, auxílio-educação (pagamento para graduação e pós-graduação) e vales
alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 788 ao mês para
cada.
Em relação às condições
de trabalho, eles exigiam o fim das metas abusivas e do assédio moral e fim às
discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros,
gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
No quesito segurança,
os bancários reinvindicavam permanência de dois vigilantes por andar nas
agências e pontos de serviços bancários, instalação de portas giratórias com
detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas
e abertura e fechamento remoto das agências, com fim da guarda das chaves por
funcionários.
Eles ainda queriam o
fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às
terceirizações, além da ratificação da Convenção 158 da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), que coíbe dispensas imotivadas.
Da redação com G1PB
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