I
Na natureza é assim.
Cada um segue um caminho.
Uns seguem admirando as flores,
Enquanto que outros admiram o
espinho.
II
Diante de todas as dificuldades
Tem uns que ficam isolados em suas “grutas”.
Assim mesmo com a falta das chuvas
Algumas plantas ainda botam suas
frutas.
III
Aquilo que é belo pra você,
Talvez não seja pra mim.
Porém acho lindo e admiro
Quando vejo uma planta e nela um
cupim.
IV
Vejo uma planta bem verde.
Às vezes, a outra só ali nela escorada.
Diante de tudo isso
Outro ser aproveita o cupim e faz sua
morada.
V
Eu fazendo essas afirmações
Alguém pode até pensar que é mentira.
Por isso quando falo algo mostro a
foto.
Veja ai à beleza dessa macambira.
VI
Cada ser humano vive de um jeito.
Assim também pode ser a palma tora.
Aquilo que para uns é pressa.
Para outros pode ser demora.
VII
Uns engolem o alimento.
Na maioria das vezes nem mastiga.
Assim como tem aqueles que apreciam o
umbu.
Já tem outros que adoram urtiga.
VIII
Tem frutas com muitas sementes.
Tem outras que tem só caroço como o
fruto do umbuzeiro.
Tem ser que de cansado chega por
último.
Mas tem aquele que de esperto chega
primeiro.
IX
O homem constrói uma casa. Sendo na
cidade tem calçamento.
Mas sendo na zona rural tem o terreiro.
A casaca- de- couro com seu lindo
trabalho
Em longos dias com espinho faz sua
morada no pereiro.
X
Quando vejo as belezas naturais.
Observo tudo que posso para escolher
um tema.
Acho lindas as flores brancas e as
vermelhas
E gosto do cheiro da flor da jurema.
XI
É interessante a flor, o fruto e
jeito da coroa-de-frade.
Assim como os galhos e as flores da favela.
Complicado, às vezes, é saber pelo o
nome.
Quem é ele ou quem é ela.
XII
Quando vejo as flores, os espinhos e
as frutas.
Lembro-me de uns animais como o tatu
ou peba.
Dizem que ele adora comer o fruto
Dessa planta que popularmente é
conhecida como combeba.
XIII
Falando tudo isso ainda tem outra de
espinho.
O famoso no nosso Cariri, o xiquexique.
Assim como tem alguns seres humanos
Deve ter também a planta que dá
chilique.
XIV
A vida exige de todos nós ações
novas,
Pois caso contrário vira coisa
corriqueira.
Acho muito interessante
Os galhos tortos da nossa
catingueira.
XV
Tem outra árvore muito alta.
Até portas são feitas da forte craibeira.
Cada uma com sua utilidade.
E qual a utilidade da nossa
ingazeira?
XVI
Na linguagem popular o que é árvore
Para muitos vira ave.
Para fazer uma boa corda
Tem gente que usa caroá ou o agave.
XVII
Quando as coisas estão boas
Ao invés de separar você una.
Ruim é levar umas cipoadas de
marmeleiro
Ou então uma furada de espinho de baraúna.
XVIII
Procurei transmitir um pouquinho dos
nomes
Das plantas que tem na nossa
caatinga.
Talvez não tenha ficado interessante
para uns
Porque na vida tudo depende da ginga.
Assim como tem aqueles que não gostam
de bebida.
Tem aqueles que adoram aquela pinga.
Autor: José de Arimateia Bezerra de
Lima.
São João do Cariri, 27 de Janeiro de 2019.
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