segunda-feira, 9 de junho de 2014

Filha mantinha pai e irmãos com problemas mentais enjaulados no Litoral Norte da PB



Agente de Saúde mantinha o pai e os dois irmãos presos em uma jaula na comunidade de Canto da Pedra
Pedro Régis
Através de uma denúncia feita ao Disque 100, a polícia conseguiu resgatar, na noite desse domingo (8), o aposentado João Batista dos Santos, 76 anos, e dois jovens com problemas mentais, que eram mantidos em cárcere privado por familiares. Um deles identificado por José Carlos dos Santos, 34 anos.

Conforme o Capital Aberto Filho, a equipe da viatura 1250 comandada pelo sargento Romualdo efetuou diligências e localizou a residência onde foi constata a veracidade da denúncia. Sob condições sub-humanas, estas pessoas foram encontradas pela polícia na comunidade conhecida como Canto de Pedra, na zona rural do município de Pedro Régis, distante a 90 km de João Pessoa.

Conforme a polícia, Maria Gorete Batista dos Santos, 41 anos, que trabalha como agente de Saúde, mantinha o pai e dois irmãos com problemas mentais, presos dentro de uma residência, vivendo enjaulados como se fossem animais.

A Polícia Militar foi até o local e encontrou as vítimas numa situação deplorável. As paredes do casebre que não tem água encanada e que fica a cerca de 50 metros da residência da família, estavam todas sujas de fezes e o chão sujo de urina, com um odor insuportável. Um dos dois irmãos da acusada foi encontrado preso dentro de um quarto com grades de ferro e a rede onde o aposentado dormia estava completamente suja de urina e cheirando mal.

Maria Gorete, suspeita da prática de cárcere privado, disse que os seus dois irmãos vivem presos há mais de dois anos, por que são muito violentos e não podem viver soltos. Com relação ao seu pai, que é aposentado, ela disse que o comportamento dele é mais sociável e ás vezes ainda sai de casa.

Ela disse também que cuida deles muito bem e que todos os dias serve seis refeições para cada, além de limparem a casa todos os dias. Segundo ela, os serviços de “limpeza” e “higiene” da casa que não tem água encanada, eram feitos pela sua filha de 19 anos e por um irmão seu de criação, de apenas 12 anos de idade. O sargento Gerson e o soldado Romualdo, que estiveram no local, também constataram que as vítimas defecavam no chão e usavam um balde para urinarem.

A agente de Saúde foi conduzida até a delegacia da cidade e deverá responder por cárcere privado, abandono de incapaz, e maus tratos.
                        

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